A ex-secretária municipal de Saúde de Campina Grande, Marisa Tôrres de Moura Agra, distribuiu nota com a Imprensa comprovando com números que a saúde do Município não está um caos, como dizem os opositores do ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo. Sob o título “Saúde pública de Campina: a calamidade do exagero!”, a carta assinada por Marisa comprova que Veneziano deixou R$ 11.523.499,92 para pagar a parte dos funcionários que não recebeu em dezembro e mostra que as acusações da oposição em relação ao setor de saúde não passam de verbalização caluniosa que tem o único objetivo de macular a imagem do ex-prefeito.
Na íntegra, a carta assinada pela ex-secretária:
Uma coisa é fato: parte dos funcionários da SMS não recebeu o 13º salário e o mês de dezembro.
Fato inconteste: entre os dias 28 e 29 de dezembro de 2012 foram transferidos, do Fundo Nacional de Saúde para o Fundo Municipal de Saúde, R$ 11.523.499,92, recursos estes destinados ao custeio da saúde, à média e alta complexidade e pagamento de pessoal.
Por que a gestão de saúde pretérita não efetuou os pagamentos do 13º e do mês de dezembro? Porque não houve tempo hábil. Porque os recursos foram transferidos entre os dias 28 e 29/12/2012 (sexta e sábado), e os citados recursos só ficam disponíveis 48 horas após a transferência entre as contas. Ou seja, a disponibilidade se daria após o dia 02/01/2013, já sob a responsabilidade da nova gestão. Isto posto, fica mais que esclarecido que existiam recursos para honrar os compromissos. O que não houve foi tempo.
As unidades de saúde sempre estiveram abastecidas de medicamentos, e não é prudente formar estoque para posterior utilização.
Esta afirmação tem a sua veracidade no eco das emissoras de rádios da cidade, onde, até o final de dezembro, não existiram reclamações da população relacionadas à falta de medicamentos.
Até nas adversidades, quando a Biofast, unilateralmente, cancelou o contrato com a SMS, nos superamos, e não houve descontinuidade da realização de exames laboratoriais à população, cujos serviços foram prestados pelos Laboratórios do HUAC, da Fundação Rubens Dutra e demais conveniados ao SUS.
Na área de urgência e emergência, leia-se ISEA, SAMU, UPA 24 horas e Hospital da Criança e do Adolescente, não houve nenhuma carência de profissionais habilitados. Ao contrário, o Hospital da Criança, ISEA e UPA 24 horas, mesmo no período natalino, dispunham de escala de médicos de causar inveja à rede privada. Quem precisou de assistência médica nesse período sabe bem do que estamos falando.
Em que pesem os ajustes sempre necessários em qualquer gestão e as críticas à gestão do ex-prefeito Veneziano, foi a sua administração que ousou implantar um Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), um avanço que contemplou as 23 categorias de profissionais da saúde.
Outro fato incontestável foi a franca expansão no âmbito da Estratégia de Saúde da Família. Em oito anos, o número de equipes passou de 34 para 94. Bairros/cidades, a exemplo das Malvinas e José Pinheiro, experimentaram pela primeira vez o acesso integral à atenção primária.
Fazendo-se um balanço da saúde pública em Campina nos últimos oito anos, vê-se que avançou e muito. Ampliação do ISEA, regionalização do SAMU 192, instalação de quatro Farmácias Populares, implantação do Código Sanitário, implantação dos NASF (Núcleos de Apoio à Saúde da Família), construção da UPA 24 horas porte III, instalação do Hospital da Criança e do Adolescente, incremento da Saúde Mental, implantação do Saúde Itinerante, implantação da Saúde Auditiva, CRANESP, SAE, CTA, implantação de Postos de Apoio de Saúde nos mercados públicos (Malvinas, Liberdade), Feira da Prata e Feira Central, reforma e ampliação de Unidades Básicas de Saúde da Família, e quase que triplicação do PSF.
A saúde de Campina não é perfeita, como desejamos que fosse. Tampouco é o caos que se vem propalando. Mas, em que pese arcar com o ônus de mais de 180 municípios que aqui recorrem em busca de algum serviço de saúde, nós avançamos, e avançamos muito. Isso não se pode negar!
Nossa afirmação, não é por assim dizer, da boca pra fora. Afinal, índices que medem o desenvolvimento dos municípios e qualidade de vida, a exemplo do Índice FIRJAN (http://www.firjan.org.br/ifdm/consulta-ao-indice/consulta-ao-indice-grafico.htm?UF=PB&IdCidade=250400&Indicador=4&Ano=2010), que mede o desenvolvimento numa escala que vai de 0 a 1, indica que o município de Campina Grande, na saúde, atingiu alto grau de desenvolvimento, passando no período compreendido entre 2005 e 2010, de 0,6607 para 0,8014. Muito além do período compreendido entre 2000 e 2005, onde houve um discreto aumento nesse índice, de 0,6091 para 0,6607.
Estes não são meros argumentos. São fatos e registros incontestes. Agora, resta que a roda continue girando e que trabalhemos todos por uma saúde cada vez melhor para a nossa população e à população referenciada. Este é o nosso maior desejo. Continuo de mangas arregaçadas em prol da saúde!