Há quase 30 dias sem funcionar, o sistema que dá suporte a emissão de notas fiscais digital da Prefeitura Municipal de João Pessoa segue sem solução e sem expectativas do restabelecimento do serviço. Os contribuintes da Capital continuam sem acesso e sem saber a quem reclamar para poder ter de volta o restabelecimento digital do serviço.
Quem precisa emitir a nota fiscal tem que se deslocar até a sede do Centro Administrativo Municipal, pessoalmente, para pegar uma ficha e aguardar pelo atendimento personalizado, o que gera perda de tempo além de estresse.
Dia após dia filas de contribuintes se formam no auditório do CAM com reclamações de usuários que não conseguem acessar o serviço desde que a gestão municipal modificou a empresa que cuidava do serviço.
Até agora, o secretário da receita, Fábio Guerra, responsável pela mudança no serviço não emitiu nenhum posicionamento oficial, enquanto que o secretario de comunicação justifica o problema como advindo de ‘um vírus raro’ que invadiu a rede e tal como uma epidemia, segue em busca da cura.
A Prefeitura de João Pessoa alega que os transtornos foram causado por um ataque de hackers. O secretário de Comunicação, Cacá Martins diz que “foi implantado um vírus raro no sistema e a equipe técnica da PMJP está fazendo uma varredura na rede para descobrir onde eles foram alojados e aniquilá-los”, e acrescentou que “embora o sistema não esteja normalizado, o atendimento continua sendo feito.
Dadas as explicações oficiais, um alerta precisa ser feito às autoridades, que precisam estar atentas a esses “ataques” e a debilidade do nosso sistema. Os hackers, provavelmente, têm acesso a informações privadas, que deveriam, por segurança institucional, ser indevassáveis. Um crime gravíssimo que fere o direito à privacidade, salvaguardado na Constituição Federal.
Empresários relatam que sem a retirada das notas não tem como receber dinheiro e podem atrasar a folha de pagamento dos seus funcionários. O sistema anterior utilizado pela PMJP já funcionava há seis anos e atendia a todos os contribuientes. Ele funciona em 70% das 100 maiores cidades do Brasil, com impessoalidade e segurança. Segundo informações obtidas pela reportagem do PB Agora, o Trade Turístico da Capital foi um dos mais abalados pelo problema, já que está sem poder faturar devido aos constantes problemas para emissão de notas fiscais digital.
Portal PB Agora