O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) cogita não disputar as eleições para nenhum cargo público no ano que vem. A informação foi dita por ele durante entrevista na CBN João Pessoa, nesta segunda-feira (7). A possibilidade, ressalta o parlamentar, será levada em conta caso seja necessária para a união dos partidos de oposição. “Não teria problema algum com isso. Posso ficar um período sem mandato. Tenho 30 anos de serviços prestados à população. Fui prefeito três vezes, duas vezes deputado federal, duas vezes governador e estou no mandato de senador”, ressaltou o parlamentar, ao ser questionado se haveria espaço para dois tucanos na chapa majoritária.
Os espaços na chapa majoritária, vale ressaltar, têm surgido como um dificultador para a composição da chapa. Do PSDB, além de Cássio, que pretende disputar uma vaga no Senado, o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, busca espaço na composição. Ele considera que o seu mandato no Executivo o credencia para a disputa. O mesmo espaço é reivindicado nos bastidores da composição pelo prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSB). As “cotoveladas” pelo espaço fizeram com que o tucano Romero Rodrigues viesse a público fazer cobranças ao presidente estadual do seu partido, Ruy Carneiro. Para o prefeito, o dirigente estaria dispensando mais atenção a Cartaxo que a ele.
O mal-estar foi contornado posteriormente, mas evidenciou feridas abertas pela briga por espaço no bloco. Há o entendimento entre os dirigentes dos partidos de oposição, notadamente PSDB, PSD e PMDB, de que eles terão maior chance de sucesso no pleito de se marcharem unidos. O governador Ricardo Coutinho (PSB) trabalha para lançar um sucessor para a disputa. O nome mais forte na bolsa de apostas socialista é o de João Azevedo. O secretário de Infraestrutura, Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia chegou a ser cotado para a disputa em João Pessoa, em 2016, mas acabou rifado da disputa. O nome dele, agora, volta a ganhar força.