Unidades de Pronto Atendimento (UPA) funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana e podem resolver grande parte das urgências e emergências, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame. Com isso ajudam a diminuir as filas nos prontos-socorros dos hospitais.
Portanto, ninguém nega a importância delas, mas muitos discordam dos meios de se contratar suas equipes. Na Paraíba, recentemente, as duas maiores cidades do Estado (João Pessoa e Campina Grande) anunciaram a abertura de vagas, uma através de concurso e a outra através de seleção.
Em João Pessoa, o prefeito Luciano Cartaxo (PSD) optou por um concurso público, destinado a contemplar vagas para as UPAs de Cruz das Armas e dos Bancários. São 302 oportunidades para a UPA Bancários e 273 para a UPA Cruz das Armas. Portanto, 575 vagas abertas através de certame público que garantirá chances iguais a todos. Confira detalhes das vagas no link: https://goo.gl/jxXMZc
Já em Campina Grande, o prefeito Romero Rodrigues (PSDB) determinou que sua equipe fizesse uma seleção de pessoas. Até o começo desta semana, 2.410 candidatos já haviam feito inscrição para somente 160 vagas.
No caso da seleção de Campina Grande, o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) anunciou que pretende entrar com uma Ação Judicial para barrar o edital do Processo Seletivo Seriado para a UPA do Dinamérica, devido aos salários oferecidos para enfermeiros e técnicos de enfermagem serem muito abaixo do piso salarial dos profissionais. Os salários oferecidos por Romero variam entre R$ 937 e R$ 1.530.
Segundo o presidente do Coren, Ronaldo Beserra, na gestão passada, quando foi implantada a primeira UPA, foi oferecido para enfermeiros um valor de R$ 600 por plantão. Atualmente, segundo ele, o valor é de R$ 127.
Ainda de acordo com o presidente, as atividades descritas no edital para os técnicos de enfermagem estão em desacordo, pois estes não podem substituir os enfermeiros. “O edital está errado, o técnico de enfermagem não pode substituir enfermeiro, ele é um profissional que assiste nas emergências. Erraram na hora de escrever o edital. Estamos querendo o respeito da categoria e que se mude o edital, mas se isto não acontecer, não tem problema, vamos à Justiça, que tudo se resolve”, ameaçou.
Redação