A Polícia Civil da Paraíba indiciou Adailton Silva pelos crimes de feminicídio e perseguição (stalking) pela morte de Vitória Régia, de 32 anos, ocorrida no dia 12 de junho, na cidade de Solânea, no Brejo paraibano. O suspeito está preso na cadeia pública do município, onde permanece à disposição da Justiça.
De acordo com as investigações, Adailton monitorava a rotina de Vitória desde o fim do relacionamento, que durou menos de um mês. Ele chegou a alugar uma casa na mesma rua onde a vítima morava, com o objetivo de vigiá-la de perto. Familiares relataram que ele frequentemente a seguia pelas ruas, demonstrando um comportamento obsessivo.
Na noite anterior ao crime, durante uma festa popular na cidade, o suspeito subiu ao palco e pediu publicamente para reatar o relacionamento, sendo rejeitado por Vitória. Inconformado, tentou falar com ela por meio de um primo e ainda se envolveu em uma briga com o filho da vítima, de 16 anos. A confusão só foi contida com a intervenção da Polícia Militar, que chegou a orientar Vitória a procurar a delegacia e solicitar uma medida protetiva.
Horas depois, no entanto, Vitória foi assassinada. A polícia não detalhou as circunstâncias exatas da morte, mas confirmou que se trata de um caso de feminicídio motivado por perseguição e recusa da vítima em retomar o relacionamento.
Vitória era mãe de quatro filhos e trabalhava como babá e auxiliar de serviços gerais. Havia concluído recentemente um curso de cuidadora de idosos e sonhava em ter uma casa própria.
A Polícia Civil informou que o inquérito será concluído em até 10 dias e que o investigado poderá responder por outros crimes, caso surjam novos elementos durante a apuração. O caso gerou forte comoção na cidade e reacendeu o alerta sobre violência contra mulheres e a importância de medidas preventivas eficazes em situações de perseguição e ameaça.
Redação