A Polícia Civil da Paraíba revelou, nesta sexta-feira (27), que a morte de Amanda dos Santos Barbosa, ocorrida em 18 de novembro deste ano, foi provocada por uma compressão torácica, resultante do atropelamento após a queda do veículo em que ela estava. O laudo confirma que o esmagamento da região torácica foi a principal causa do óbito.
Amanda voltava de uma festa, sentada na janela de um BMW com vários amigos, quando perdeu o equilíbrio e caiu na pista. Em seguida, ela foi atropelada por um Porsche e morreu no local.
Durante uma coletiva de imprensa nesta sexta, os delegados Cristiano Santana, superintendente da Polícia Civil, e Getúlio Machado, responsável pela investigação, revelaram os detalhes do caso. Ao final das apurações, foi decidido que duas pessoas seriam indiciadas: os motoristas dos veículos envolvidos no acidente.
Wesley Renato Figueiredo Pereira, motorista do BMW de onde Amanda caiu, foi indiciado por direção perigosa. Embora a Polícia Civil tenha investigado a possibilidade de ele ter consumido álcool na noite do acidente, não foram encontradas evidências conclusivas. Cristiano destacou que o indiciamento ocorreu porque “o motorista tem o dever objetivo de cuidar de todos os passageiros que estão no carro, coisa que ele não fez”.
Segundo o delegado, o motorista tinha a obrigação de parar o veículo assim que percebesse a infração, e, ao não evitar que Amanda se sentasse na janela da porta traseira, ele assumiu a responsabilidade pela queda da vítima.
Já Lucas Gomes Bastos, motorista do Porsche, foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e por omissão de socorro, já que fugiu do local do atropelamento sem tentar auxiliar a vítima.
Quanto às outras mulheres que estavam no BMW com Amanda, todas foram consideradas inocentes, sem qualquer responsabilidade pela queda, já que não tiveram envolvimento no incidente.
De acordo com Getúlio Machado, o desequilíbrio que levou Amanda a cair do carro foi resultado da embriaguez. A perícia revelou que ela tinha 1,96 mm de álcool por litro de sangue, uma quantidade que, conforme o delegado, é considerada “uma taxa muito grande de álcool no sangue”.