A juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho, da 64ª Zona Eleitoral de João Pessoa, determinou a retirada do sigilo do inquérito referente à terceira fase da Operação Território Livre, que resultou na prisão, no último sábado (28), da primeira-dama Lauremília Lucena e de sua secretária particular, Tereza Cristina Barbosa.
Conforme o entendimento da juíza, em decisão proferida no domingo (29), a Polícia Federal não apresentou justificativas para a manutenção do sigilo das investigações, ou seja, a divulgação do conteúdo não interfere no andamento das apurações neste momento.
Para esta segunda-feira (30), é esperado que o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) analise dois habeas corpus apresentados pelas defesas de Lauremília e Tereza Cristina.
O pedido foi encaminhado ao Plenário pelo juiz Bruno Teixeira, que já havia se manifestado da mesma forma na semana passada, no caso da vereadora Raíssa Lacerda (PSB). Naquela ocasião, o TRE decidiu, de maneira unânime, pela manutenção da prisão da parlamentar.
Os advogados sustentam, entre outros argumentos, que a 64ª Zona Eleitoral não possui competência para autorizar a execução dos mandados de busca em um endereço do prefeito Cícero Lucena (PP), marido de Lauremília, alegando que ele teria foro privilegiado.
Lauremília e Tereza Cristina foram presas no último sábado (28) na terceira fase da Operação Território Livre, que investiga um suposto aliciamento violento de eleitores e organização criminosa nas eleições municipais na capital.