O empresário Pietro Harley foi condenado a oito anos e dois meses de prisão, além de multa de R$ 250 mil, em razão de seu envolvimento no escândalo dos livros exposto pela Operação Calvário. A decisão foi proferida pelo juiz Paulo Sandro Gomes de Lacerda, da 5ª Vara Criminal de Campina Grande.
O processo criminal surgiu a partir das investigações realizadas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público da Paraíba. As acusações que levaram à condenação de Pietro Harley envolvem lavagem de dinheiro e ocultação de bens, direitos e valores.
O empresário foi acusado de ocultar dois veículos, um Chevrolet Camaro e um Fiat Strada, avaliados em R$ 250 mil. De acordo com as investigações, esses carros foram adquiridos por Pietro Harley, mas estavam registrados em nome de Vamberto de Lima Barros, configurando assim o crime de ocultação de bens.
Conforme a sentença, Harley deve cumprir a pena em regime fechado, na Penitenciária Regional de Campina Grande Raimundo Asfora, o Serrotão. Porém, ele poderá apelar da decisão em liberdade, pois o empresário respondeu a todo o processo em liberdade.
Já José Vamberto de Lima Barros, que tinha os veículos registrados em seu nome, foi condenado a seis anos de reclusão e ao pagamento de 60 dias-multa. O juiz determinou que ele inicie o cumprimento da pena em regime semiaberto, também na Penitenciária Serrotão.
Além das penas de reclusão, o juiz Paulo Sandro Gomes de Lacerda ordenou que os acusados paguem R$ 250 mil em reparação ao Estado da Paraíba, valor correspondente ao montante estimado dos veículos ocultados, que teriam sido obtidos de forma ilegal.