Três homens e uma mulher foram flagrados ocultando equipamentos eletrônicos na execução do concurso da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob-JP), na tarde do último domingo, na capital da Paraíba. Pouco antes de entraram nas salas das provas, eles foram descobertos durante os testes obrigatórios de detectores de metais do Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan). A banca chamou a Polícia Militar e os suspeitos foram levados para a Central de Flagrantes, no bairro João Paulo II.
Adinailson Flor da Silva e Karine Muniz Soares escondiam dentro das roupas íntimas, cada um, um telefone celular. Enquanto Luiz Alex de Oliveira Cavalcanti e Maurício Pereira Calado foram pegos com pontos eletrônicos. Diversos candidatos, quando perceberam que teriam que passar por detectores de metais, biometria digital e facial, desistiram de fazer a prova e foram embora.
As provas do concurso da Semob foram aplicadas em 69 locais em João Pessoa, com total segurança e tranquilidade. O certame oferece 100 vagas para agente de mobilidade urbana, em cargos com exigência de nível médio. O último concurso da instituição foi há 20 anos.
Sistema antifraude
Na busca por eficiência e segurança, o Idecan investe em tecnologia de ponta nos seus processos seletivos. A instituição é pioneira – entre as bancas organizadoras de concursos – na utilização de biometria facial e digital para inibir irregularidades, em especial o crime de falsidade ideológica quando outra pessoa tenta se passar pelo candidato para fazer prova.
Os sistemas identificam os candidatos ainda no processo de inscrição. As imagens e dados coletados são confrontados previamente com órgãos de controle e segurança, para garantir a integralidade da imagem do candidato quando comparada aos dados pessoais. No dia da prova, os dados são coletados novamente para confrontos futuros, como na validação de autenticidade no ato de posse, em caso de aprovação do candidato em todo o processo seletivo.
Para preservar o sigilo do conteúdo das provas, o transporte dos malotes é feito com escolta armada, além de serem equipados com dispositivos digitais. Todas as conversas que ocorrem nas proximidades dos malotes são salvas em um espaço virtual (nuvem). Se houver mudança da rota, a central de monitoramento recebe um aviso de quebra do itinerário em tempo real.