O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas), informou, nesta terça-feira (1º), que a Prefeitura de João Pessoa planeja dar seguimento à desapropriação do Hotel Tambaú caso o proprietário do imóvel não se manifeste sobre plano e prazo para reativação do espaço, considerado um “cartão-postal” da Capital.
“A Prefeitura não quer ser proprietária de nada. A Prefeitura quer que as coisas funcionem em favor da cidade”, enfatizou o gestor pessoense.
O hotel foi o centro de uma disputa judicial entre dois grupos: o do advogado paraibano Rui Galdino, que venceu o leilão em 2020, mas o negócio foi judicializado após denúncias de irregularidades, e do Grupo Arnaldo Gaspar, que venceu um leilão em 2021, que também foi judicializado.
Uma decisão judicial de 2021 determinou que Rui Galdino, um dos sócios da empresa AMPAR, era o vencedor do leilão. O local foi comprado pelo valor de R$ 40 milhões. A empresa prometeu fazer um grande projeto de revitalização do hotel a fim de abri-lo novamente ao público e fomentar a economia local. Contudo, o projeto ainda não saiu do papel.
Cícero lembrou da existência de um decreto municipal de 2020, no qual é determinada a desapropriação do Hotel Tambaú em favor da Prefeitura de João Pessoa. O prefeito informou que aguarda um posicionamento do atual proprietário sobre o que será feito com o imóvel.
“Temos um decreto de desapropriação. Havia questionamento judicial de quem era o direito no leilão e nós estamos agora chamando o proprietário para que ele tome uma decisão e assine um TAC, dizendo o que e quando ele vai fazer com o hotel. Se não, vamos continuar com interesse de desapropriação, a exemplo com o que fizemos com um prédio no Ponto de Cem Réis”, disse Lucena.
Ainda segundo o prefeito, o plano da gestão municipal, caso a desapropriação seja concretizada, é lançar um edital público de chamamento de empresas nacionais e internacionais que queiram assumir a administração do hotel.
“Vamos fazer um chamamento para empresários apresentarem propostas. Queremos redes hoteleiras nacionais e internacionais operando esse hotel. A Prefeitura quer que as coisas funcionem. Não podemos esperar a vontade do investidor”, completou Cícero Lucena.