A Operação Alcântara, deflagrada na manhã desta quarta-feira (13) pela Polícia Federal, tem como objetivo combater crimes de falsidade ideológica e uso de documentos falsos praticados por empresas de segurança privada na Paraíba.
As investigações apontam que as empresas de segurança investigadas encaminharam à Polícia Federal listas de vigilantes que teriam trabalhado em diversos eventos festivos no município de Campina Grande ao longo do ano de 2023. Contudo, foi descoberto que as listas eram falsas e que a maioria dos vigilantes relacionados não chegou de fato a atuar em quaisquer destas festas.
As referidas listas seriam de shows realizados na cidade, desde as festas privadas de São João ocorridas no mês de junho até os dias atuais.
Na verdade, estes eventos trabalharam com segurança bem menor do que a informada aos órgãos públicos de fiscalização e/ou com utilização de profissionais desqualificados e sem autorização para atuar como seguranças privados, os chamados vigilantes clandestinos, causando risco ao público presente.
A 4ª Vara Federal de Campina Grande expediu quatro mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos nas residências dos proprietários das empresas investigadas e também nas sedes destas, em endereços localizados nos municípios de João Pessoa, Patos e Campina Grande, todos na Paraíba.
A operação foi batizada de Alcântara em referência a São Pedro de Alcântara, santo padroeiro dos vigilantes e guardas noturnos na religião católica.