• Sobre
  • Contato
15/06/2025
Blog do Dércio
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo
Sem Resultado
Ver todos os resultados
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo
Sem Resultado
Ver todos os resultados
Blog do Dércio
Sem Resultado
Ver todos os resultados
Início Violência

Pele Alvo: Rede de Observatórios revela que a cada quatro horas uma pessoa negra foi morta pela polícia em 2022

17 de novembro de 2023
em Brasil, Destaque2, Violência
Tempo de leitura: 6 mins de leitura
A A
Dois municípios paraibanos estão entre as 50 cidades mais violentas do Brasil

A cada quatro horas uma pessoa negra foi morta, em 2022, pela polícia nos oito estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança. O dado é revelado no novo boletim Pele Alvo: a bala não erra o negro, que será divulgado no dia 16 de novembro. Nele, são analisadas informações sobre a cor da letalidade gerada por ação policial. Os dados foram obtidos junto a secretarias estaduais de segurança pública de Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo via Lei de Acesso à Informação (LAI).

 

Os números reais podem ser ainda maiores, tanto pela subnotificação de casos como pelo não registro de dados sobre cor e raça, que ocorre principalmente em três estados: Maranhão, Ceará e Pará. Os maranhenses continuam a não incluir essas informações, como a Rede observa desde 2020. No Ceará, os registros foram feitos em apenas 30,26% do total. No Pará, em 33,75%.

 

Considerando os dados oficiais disponíveis, eram negros 87,35% (ou 2.770 pessoas) dos mortos por agentes de segurança estaduais em 2022. Como nos estudos anuais precedentes, o novo monitoramento da Rede de Observatórios da Segurança demonstra o alto e crescente nível da letalidade policial contra pessoas negras. No ano passado, a Bahia ultrapassou o Rio de Janeiro no número de casos registrados nos estados incluídos no estudo. Bahia e Rio foram responsáveis por 66,23% do total dos óbitos.

 

“Em quatro anos de estudo, um segundo fator nos causa grande perplexidade: mais uma vez, o número de negros mortos pela violência policial representar a imensa maioria e a constância desse número, ano a ano, ressalta a estrutura violenta e racista na atuação desses agentes de segurança nos estados, sem apontar qualquer perspectiva de real mudança de cenário”, diz a cientista social Silvia Ramos, coordenadora da Rede de Observatórios. “É necessário tomar a letalidade de pessoas negras causada por policiais como uma questão política e social. As mortes em ação também trazem prejuízos às próprias corporações que as produzem. Precisamos alocar recursos que garantam uma política pública que efetivamente traga segurança para toda a população”, completa.

 

Neste novo boletim Pele Alvo, a Rede de Observatórios aumentou a área analisada, com a inclusão do Pará, o primeiro da Região Norte na amostra. No ranking de 2022, o Pará já se coloca como o segundo estado com maior percentual de negros mortos em operações policiais, com 93,90% dos casos. A Bahia ficou em primeiro lugar, com 94,76%. Note-se que na Bahia a população negra significa 80,80% do total e no Pará, 80,46%.

 

Rio de Janeiro e São Paulo também chamam a atenção pela alta letalidade de pessoas negras por agentes de segurança. No Rio de Janeiro, 54,39% da população é negra, mas o número de óbitos representa 86,98%. Em São Paulo, cuja população inclui 40,26% de negros, as mortes destas pessoas por policiais somam 63,90% do total.

 

 

A cor da pele alvo em oito estados brasileiros

 

Esta é a evolução histórica, desde 2017, de óbitos provocados por policiais em cada unidade federativa analisada:

 

Dos oito estados da amostra, apenas na Bahia o número de mortes aumentou constantemente.

 

Bahia

Em 2022, a Bahia, pela primeira vez, chegou ao topo do perverso ranking dos estados que mais matam pela ação de agentes de segurança, com um total de 1.465 vítimas. A escalada da violência na Bahia, sob a cortina da guerra às drogas, principal motivação das operações policiais, tem chamado a atenção. Entre 2015 (quando o estado registrou 354 mortes) e 2022, houve um aumento de 300% nessa taxa de letalidade, que atingiu principalmente jovens negros. A população negra representou 94,76% do total de mortos por agentes de segurança em 2022, sendo a maioria (74,21%) com idade entre 18 e 29 anos. Apenas Salvador registrou a morte de 438 pessoas, sendo 394 negras.

 

Ceará

No Ceará, destacam-se duas constantes: o aumento do número de mortos pela polícia e a negligência com as informações sobre as vítimas da violência. No comparativo entre os anos de 2021 e 2022, houve registro de 27 mortes a mais por agentes de segurança do Estado. Além disso, ficou constatado que em 69,74% do total de 152 mortes não foram identificadas raça/cor. Ao observar os casos que continham a informação, revela-se que 80,43% das mortes foram de pessoas negras e que sete de cada dez vítimas tinham entre 18 e 29 anos. Fortaleza e a sua cidade vizinha, Caucaia, foram os municípios com o maior número de mortes, sendo 24 e 9 casos, respectivamente.

 

Maranhão

Entre os oito estados monitorados, o Maranhão segue como o único que negligencia 100% das informações sobre raça e cor, causando grande prejuízo para a compreensão das desigualdades que marcam o perfil de quem é morto pela polícia. Ao todo, foram 92 vítimas da violência, em que os jovens de 18 a 29 anos novamente aparecem como grande maioria, representando 59,78% dos casos. A cidade de Pinheiro, localizada na Baixada Maranhense, compartilha com a capital, São Luís, a primeira posição dos municípios com mais mortes no estado, registrando 10 casos cada um.

 

Pará

O Pará é o primeiro estado da Região Norte a fazer parte do estudo da Rede de Observatórios e já se coloca como a terceira unidade federativa com maior número de mortos pela polícia, com uma vítima a cada 14 horas. Com 631 casos, tem mais registros de vítimas do que São Paulo, mesmo tendo apenas um quinto da sua população. O Pará também falha no registro de cor/raça em seus dados, omitindo a informação sobre 66,24% das vítimas. Mas entre os casos em que são identificadas cor e raça, as pessoas negras representam 93,90%. A capital, Belém, tem o maior número de mortes por intervenção policial, com 83 casos, seguida pela cidade de Parauapebas, com 41.

 

Pernambuco

O número de mortos por agentes de segurança em Pernambuco pouco se alterou e manteve-se o alto índice de vítimas negras, sendo 89,66% do total de 87 casos informados – de quatro vítimas não foram feitos registros de cor e raça, totalizando 91 mortes por intervenção policial. E, assim como no ano anterior, em 2022 todas as pessoas mortas pela polícia em Recife eram negras, com ocorrência de 11 mortes, sendo a capital, também, o município com o maior número de casos dessa letalidade, seguida por Igarassu, com sete vítimas, também todas negras. Desde os primeiros dados coletados pela Rede de Observatórios é explícita a estigmatização dos corpos negros e jovens, sendo que a maioria das vítimas (67,03%) tinha idade entre 12 e 29 anos.

 

Piauí

No Piauí, os números também pouco variaram, embora ligeiramente maiores, com 39 vítimas fatais registradas. Assim como no ano anterior, a capital, Teresina, manteve a concentração da maior parte das mortes provocadas por policiais, com 56,41% do total (22 mortes). A pequena cidade de Geminiano ficou em segundo lugar, com cinco ocorrências. Das vítimas da letalidade causada por agentes de segurança com registro de cor, 88,24% eram negras. Fundamental destacar ainda que o estado tem reduzido investimentos para políticas educacionais, culturais e econômicas de inclusão.

 

Rio de Janeiro

Os agentes de segurança do Rio de Janeiro mataram 1.042 pessoas negras em 2022 (86,98% dos casos com informações completas de cor e raça), sendo o segundo estado com mais mortos pela letalidade gerada por policiais. A cada oito horas e 24 minutos uma pessoa negra morreu em decorrência de intervenção policial. O estado caiu da primeira para a segunda posição do ranking das unidades federativas com maior número de mortes por agentes de segurança, embora tenha crescido o número total de óbitos – de 1.214 em 2021 para 1.330 em 2022 –, o que reafirma a rotina de medo vivida em favelas e periferias fluminenses. Apenas na capital foram registrados 33,40% dos casos fatais, com 444 mortes, seguindo-se a região de São Gonçalo, com 131 casos.

 

São Paulo

O estudo da Rede de Observatórios mostra que em São Paulo há uma vítima a cada 23 horas e que a proporção do número de pessoas negras mortas por agentes do governo se manteve. No estado em que 40,26% da população é negra, 63,90% das vítimas dos policiais eram pretas e pardas — evidência da inexistência de políticas públicas racionalizadas. Em 2022, São Paulo teve uma redução de 48,32% no número de mortes provocadas por agentes de segurança, desde 2019 — de 867 vítimas para 419 registradas ano passado. Os novos números decorreram de uma política de redução da letalidade aliada ao uso de câmeras corporais, mostrando que é possível a polícia ser menos violenta, se houver fortalecimento de mecanismos de controle e responsabilização das instituições de controle. A capital paulista representa 37,47% do total de casos, com 157 mortes. Santos é a segunda cidade com o maior número de casos, com 16 vítimas.

 

Acesse o estudo “Pele Alvo: a bala não erra o negro” aqui.

CompartilharTweetarEnviarCompartilharLerEnviar
Matéria Anterior

Nova onda de calor no Brasil: especialistas da Hapvida NotreDame Intermédica indicam cuidados e alertam para os riscos que o calor pode causar à saúde

Próxima Matéria

Cícero Lucena acende árvore natalina no Busto de Tamandaré, que completa iluminação de fim de ano na Capital

Matérias Relacionadas

Lula chega a 50,2% dos votos válidos contra 49,8% de Bolsonaro, aponta Paraná Pesquisas
Política

Datafolha: 67% da população rejeita candidatura de Bolsonaro e 66% creem em reeleição de Lula

15 de junho de 2025
Governo Federal suspende publicidade de bets para crianças e adolescentes
João Pessoa

Defesa Civil antecipa para 12h teste do sistema de alerta emergencial em JP neste sábado

15 de junho de 2025
À CNN, Cícero relata receio da comitiva com possível escalada do conflito entre Israel e Irã
Política

À CNN, Cícero relata receio da comitiva com possível escalada do conflito entre Israel e Irã

15 de junho de 2025
Próxima Matéria
Cícero Lucena acende árvore natalina no Busto de Tamandaré, que completa iluminação de fim de ano na Capital

Cícero Lucena acende árvore natalina no Busto de Tamandaré, que completa iluminação de fim de ano na Capital

  • Sobre
  • Contato

© 2023 Todos os direitos reservados ao Blog do Dércio

Sem Resultado
Ver todos os resultados
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo

© 2023 Todos os direitos reservados ao Blog do Dércio