O novo diretor do Hospital Padre Zé, o padre George Batista, comentou em entrevista nessa segunda-feira (23) sobre as irregularidades encontradas na instituição. Na opinião do religioso, o antigo dirigente da unidade, padre Egídio Carvalho, não agiu sozinho na prática das fraudes.
O padre George afirmou que foi constatado um desfalque de R$ 15 milhões nas contas do hospital.
“Com base na estrutura hospitalar, com base na estrutura do Instituto São José, padre Egídio não agiu sozinho. É impossível, tudo que aconteceu… é impossível sozinho. Teve o apoio de alguém. Dentro do hospital e dentro do Instituto São José”, disse o novo gestor durante o programa Frente a Frente, da TV Arapuan.
Desde que as fraudes no Hospital Padre Zé vieram à tona, Egídio Carvalho foi afastado da direção do hospital e também do ofício como pároco da Arquidiocese da Paraíba. Ele é alvo de uma operação do Gaeco, do Ministério Público, que constatou uma série de supostas irregularidades na unidade.
Ainda segundo o padre George Batista, o hospital tem uma alta dívida para pagar, oriunda de um empréstimo feito em nome da instituição. Inclusive, ele diz que apenas um apartamento atribuído ao padre Egídio saldaria o débito. “Um apartamentozinho no Cabo Branco paga toda a minha dívida. É isso que me revolta”, pontou.
Para manter o Hospital Padre Zé em funcionamento, o novo diretor informou que chegou a “pedir esmola”. “Estamos a frente do hospital há trinta dias. A situação é caótica. Eu já não tenho lágrimas de tanto chorar. Porque para você ter uma ideia, quarta-feira estava faltando remédio. E nós providenciamos. Essa semana eu tive que pedi esmola a donos de supermercado. E graças a Deus um deles foi maravilhoso, e conseguimos o material”, acrescentou.