O chefe do Núcleo de Criminalística do Instituto de Perícia Científica da Paraíba (IPC), Robson Félix, informou, nesta segunda-feira (04), que a causa da morte do secretário legislativo Guilherme de Castro, que sofreu acidente com moto aquática, em Cabedelo, no último sábado (02), foi afogamento, após colisão com o mangue. As causas do incidente serão apuradas em inquérito já aberto pela Marinha e, segundo a Capitania dos Portos da Paraíba, o lado deve ser concluído em 90 dias.
Guilherme foi vítima de acidente fatal no final da tarde, no Rio Paraíba, em uma área conhecida como Prainha. A suspeita do delegado Eduíno Facundo, que atendeu a ocorrência, é de que o secretário tenha perdido o controle da moto aquática e entrado em uma área de mangue. O resgate aconteceu com ajuda de funcionários de uma marina da região, que chegaram a levar uma médica que estava de folga até o local do acidente para fazer reanimação. Mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu.
Ainda segundo Robson Félix, quando a equipe de perícia do IPC chegou ao local do fato, Guilherme já havia sido colocado em uma embarcação e, portanto, removido do local do acidente. “A vítima foi periciada naquele local e o perito fez o primeiro exame lá. Puderam ser verificados, no local, fragmentos da moto, manchas de sangue e o quebramento da vegetação arbustiva”, explicou.
Robson esclarece que a dinâmica do acidente aponta que Guilherme trafegava no trecho quando perdeu o controle e se chocou contra o mangue, sendo projetado por cerca de oito metros para dentro da vegetação e, em seguida, chocando-se contra outros troncos de vegetação.
“O veículo encontrava-se ali com a concha acionada, na posição que demonstra a aceleração do veículo, no momento da perda de controle e do impacto contra a vegetação. Já em relação ao laudo cadavérico, a causa-mortis foi afogamento. A vítima possuía uma lesão na região inguinal direita, mas a causa da morte foi afogamento”, completou.
O chefe do Núcleo de Criminalística disse que uma segunda perícia foi feita, e que após a conclusão, o laudo vai ser encaminhado para a Polícia e para a Marinha. De acordo com o Capitão de Fragata Ronaldo de Almeida Miranda Júnior, da Capitania dos Portos da Paraíba, o inquérito já foi aberto e a Marinha só deve se pronunciar sobre o assunto após a conclusão. O capitão informou ainda que Guilherme era habilitado para pilotar moto aquática.
O advogado Gildevan Carvalho, de 44 anos, também se envolveu no acidente e ficou ferido. Ele deu entrada no Hospital da Unimed, em João Pessoa, e passou por exames de imagem, tendo alta na manhã do domingo.
Guilherme de Castro foi velado no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Paraíba, onde trabalhava, e foi enterrado no final da tarde do domingo, no Cemitério Parque das Acácias, no José Américo. A cerimônia foi acompanhada de familiares e amigos de Guilherme, que era advogado, secretário legislativo-geral da Assembleia Legislativa da Paraíba, vice-presidente do Conselho Estadual de Transparência Pública e Combate à Corrupção da Paraíba e sócio do escritório Teixeira & Castro.
Redação com g1 Paraíba