A Polícia Federal teve acesso a mensagens de celular trocadas pelo general Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A partir delas, foi possível descobrir mais itens vendidos posteriormente em lojas especializadas em Miami, na Flórida, Estados Unidos.
Além dos relógios e joias já conhecidos pelo público, foram descobertos itens como uma palmeira e um navio de ouro, objetos para decoração. A palmeira chegou a aparecer em foto com Bolsonaro. Nas mensagens, o ex-ajudante de ordens pede para o pai “não esquecer de tirar as fotos”. Em uma das fotos, inclusive, é possível ver o reflexo de Mauro César no vidro de proteção.
Os presentes foram dados pelas autoridades árabes para Bolsonaro em viagem feita em 2019. Os itens deveriam ser da União, mas foram usados em benefício próprio do ex-presidente. Sua equipe então, incluindo Cid, ficou responsável por vender os itens, e o valor foi anexado ao patrimônio pessoal, sem que nada fosse formalizado.
Como o TCU considera que presentes entregues durante o exercício do cargo não são de propriedade delas, e sim do Estado, pediu que os itens fossem devolvidos. Assim, o advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, foi atrás de recomprar um relógio vendido por cerca de R$ 200 mil.
Confira imagens divulgadas pela Polícia Federal: