O governador João Azevedo (PSB) comentou, durante entrevista à imprensa paraibana nesta quarta-feira (28), sobre o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral, que pode deixar o ex-presidente inelegível. O gestor opina que o processo é consequência dos atos cometidos por Bolsonaro e que as sanções devem estar em conformidade com a lei.
“Nós somos frutos das nossas decisões e das nossas posturas. O que o Tribunal está fazendo hoje, evidentemente, é um julgamento em cima do comportamento que o presidente teve ao longo do seu mandato. Se chegar a conclusão que, efetivamente, os atos cometidos foram atos que justifiquem torná-lo inelegível, isso vai acontecer naturalmente. Esse é um processo natural em termos de análise. O que se pediu dentro do processo, inclusive, algumas coisas não cabem mais até porque a chapa foi derrotada, então não teria se beneficiado dos atos, considerando que houve, logicamente, a vitória do presidente Lula, mas, as consequências da inelegibilidade será um caminho sem volta”, declarou João.
O TSE julga a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por Jair Bolsonaro que, em julho do ano passado, durante reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, difamou sem provas as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro. O encontro foi transmitido pelo canal oficial de TV do governo.
Em sessão acontecida nessa terça (27), o relator da ação, o ministro Benedito Gonçalves votou para condenar o ex-presidente e deixá-lo inelegível pelo prazo de oito anos.
Para Benedito, ficou comprovado abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pela reunião em que o ex-chefe do Executivo fez ataques ao sistema eleitoral. Os demais ministros votarão na sessão que continuará na quinta (29), na seguinte ordem: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes.




