O advogado paraibano Walber de Moura Agra é o autor da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que pode tornar o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), inelegível pelos próximos oito anos.
Natural de Campina Grande, Walber de Moura tem 50 anos de idade e começou a advogar aos 35, de acordo com reportagem publicada na Folha de S. Paulo.
Nesta quinta-feira (22), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a analisar a ação movida pelo PDT na qual é solicitada a declaração de inelegibilidade do ex-presidente, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação social na reunião com embaixadores, após proferir ataques ao sistema eleitoral, em encontro transmitido pela TV Brasil.
À Folha de São Paulo, Agra revelou que iniciou a carreira de advogado aos 35 anos, depois de um período dedicado à carreira acadêmica e à Procuradoria-Geral do Estado de Pernambuco — e, posteriormente, como assessor do então ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski.
Nascido em Campina Grande, Agra foi para o Recife fazer mestrado. Realizou doutorado em Florença, na Itália, e pós-doutorado em Bordeaux, na França.
Se aproximou do PDT por indicação de um ex-aluno na Universidade Católica de Pernambuco, o atual deputado Túlio Gadêlha.
Na entrevista, Walber contou que advogou de graça por alguns anos para o partido por afinidade ideológica — define-se como um “nacional desenvolvimentista”. Até que se chegou a um consenso da necessidade de uma dedicação mais integral, tornando-se coordenador jurídico da legenda.
A ação julgada nesta quinta-feira pelo TSE é a primeira entre as 16 no tribunal que requerem a inelegibilidade do ex-presidente.