Uma operação da Polícia Federal e Receita Federal cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Brumadinho, Nova Lima e Sabará e uma em Montes Claros. Foram apreendidos documentos e celulares de sócios da empresa Saritur para investigações.
De acordo com a operação, a dívida de impostos e contribuições sociais federais do grupo Saritur para com a União, inscrita em Dívida Ativa ou no âmbito da RFB, é de R$ 735 milhões.
A empresa é suspeita de fraudar pagamentos da dívida tributária e blindar o patrimônio de seus proprietários há 8 anos. As investigações acontecem há um ano.
A Polícia Federal realizou uma coletiva de imprensa, na manhã desta terça, explicando os detalhes da operação.
De acordo com Marcílio Miranda Zocrato, Chefe da Delegacia De Repressão a Crimes Previdenciários da PF, a empresa fazia os descontos previdenciários dos empregados mas não repassavam a União, e essa manobra não é ilegal, já que o dinheiro arrecadado, por exemplo, das passagens vão direto para contas dos sócios e não da empresa, e isso está dentro da lei, porque o acordo é feito diretamente com os bancos.
Posteriormente os sócios transferem esse dinheiro para outra conta, impossibilitando o rastreamento. “Esses profissionais não agiram contra a lei. Então não temos nada contra eles, a princípio não, mas a moralidade é bastante questionável”, diz Wagner Bittencourt de Souza, Chefe da Divisão de Fiscalização da Superintendência Regional da Receita Federal.
Com Estado de Minas.
Foto: divulgação PF.