Uma sessão extraordinária marcada acontecer na sexta-feira (31), na Câmara Municipal de Campina Grande, foi marcada por tumulto, discussões e, possivelmente, agressão. Além disso, a 1ª Vara de Fazenda Pública de Campina Grande determinou a suspensão da sessão, que tinha o propósito de votar o projeto de lei do prefeito Bruno Cunha Lima (PSD), no qual é pedido autorização para um empréstimo de US$ 52 milhões junto ao Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata).
A decisão assinada pela juíza Dayse Maria Pinheiro Mota acatou pedido da bancada de oposição, que se opõe ao projeto de lei. Segundo os vereadores oposicionistas, a convocação do presidente da Casa, Marinaldo Cardoso, aconteceu apenas com 24 horas de antecedência. Eles frisam que o convite deveria ter sido feito 48 horas antes.
No parecer, a juíza declara que o ato praticado pela autoridade coatora fere o Regimento Interno da Câmara Municipal, sendo, portanto, eivado de ilegalidade formal. Também foi determinado que a sessão para a votação do empréstimo ficará suspenda até nova determinação judicial.
A tumultuada sessão dessa sexta ainda pode ter rendido um episódio de agressão. O chefe de gabinete de Marinaldo Cardoso registrou boletim de ocorrência contra o vereador Pimentel Filho, afirmando que teria sido agredido pelo parlamentar. Segundo José Wallace Silva, ele foi vítima de agressão após a chegada do oficial de justiça à Câmara de Campina Grande, que portava a decisão judicial de suspender a reunião.
No boletim registrado na Polícia Civil, o assessor alega que a suposta agressão “não deixou marcas” e expôs ainda ameaças de Pimentel Filho, informando que o vereador teria dito que iria requerer a sua exoneração.