O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nessa quarta-feira (29), a abertura de inquérito para investigar a participação da deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) nos atos terroristas do dia 8 de janeiro, em Brasília.
A parlamentar é suspeita de ter atuado para ajudar no fretamento de ônibus para levar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de Mato Grosso para o Distrito Federal.
A decisão do ministro atendeu a um pedido da Polícia Federal que, ao pedir a apuração, citou depoimento da aposentada Gizela Cristina Bohrer, de 60 anos.
Moradora de Barra das Garças, município matogrossense, ela disse ter viajado à capital federal em ônibus fretado pela Coronel Fernanda e outros dois políticos para apoiadores bolsonaristas. Com a autorização do STF, a PF realizará diligência para aprofundar o caso.
Quinta parlamentar investigada
A deputada federal também passa a ser a quinta parlamentar investigada por possível envolvimento nos atos golpistas que vandalizaram os prédios do STF, do Congresso e do Palácio do Planalto.
Além da Coronel Fernanda, também são investigados os deputados André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE), Silvia Waiâpi (PL-AP) e cabo Gilberto Silva (PL-PB). Todos negam ligação com os atos golpistas.
Mas, na semana passada, a PF apontou ao Supremo que houve crime na conduta das parlamentares Silvia Waiâpi e Clarissa Tércio por declarações de incentivo aos atos antidemocráticos. Em resposta, Moraes – que é relator dos inquéritos que investigam os atos bolsonaristas – enviou relatório da PF para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliar se há indícios contra as deputadas.
Ainda na quarta, o ministro, que é também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reuniu-se com integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apuram atos golpistas do dia 8 de janeiro na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Na ocasião, Moraes concedeu autorização para o compartilhamento de informações referente aos atos entre a CPI e o Supremo com os deputados distritais.
Redação com Rede Brasil Atual.