BRASÍLIA – Quem pensa que o 8 de janeiro é um lamentável espisódio de terrorismo que foi incorporado à história como lembrança de um momento insano no Brasil tá redondamente enganado.
Brasília vive a expectativa de novos capítulos e os especialistas e órgãos de informação estão se preparando para a segunda onda, que desta vez poderá ser um ataque cibernético às instituições via hackers.
Estive na última terça feira participando como convidado de um painel na UNB e lá percebi essa convergência de expectativas.
Um relatório entregue a comissão de transição no finalzinho do ano passado apontou centenas de fragilidades em todos os ministérios, portas abertas no sistema de informática que se não forem fechadas facilitarão o ataque cibernético em massa.
Também estão com facilitações o sistema de processamento de dados do Senado, Câmara, STJ, STF, TCU e TRE, Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa
O que fazer? Esse é o ponto zero da discussão e uma audiência pública está sendo convocada no Senado para debater o tema, propositura do senador Veneziano, considerado pelos especialistas como um parlamentar da vanguarda cibernética.
Um ataque nas proporções que os órgãos de inteligência prevêem pode paralisar as instituições por semanas e esse buraco negro pode ser o espaço que os que conspiram esperam para gerar convulsão social, pois o País ficaria acéfalo.
Mas, dizem os especialistas, com as providências tomadas a tempo tudo poderá ser evitado. Clima de prontidão cibernética em Brasília.
Dércio Alcântara