Uma matéria publicada pelo portal Congresso em Foco nessa quinta-feira (16) apontou que o grupo de trabalho (GT) responsável por realizar audiências públicas, ouvir especialistas e autoridades no tema da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, para formatar o texto que será analisado pelos 513 deputados e que tem como relator o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), foi acusado de excluir do GT mulheres e negros.
Segundo a matéria, o GT será responsável pelos próximos 90 dias, através de seus 12 deputados integrantes, de debater e formular a proposta da reforma tributária para, em seguida, levar uma proposta ao plenário da Câmara.
Embora representem mais da metade da população e estejam entre os segmentos mais vulneráveis da economia brasileira, não há nenhuma mulher e nenhum negro entre os 12 integrantes indicados pelos partidos para compor o colegiado. Eles só poderão entrar diretamente no debate quando a proposta chegar ao plenário.
Apenas três dos membros se autodeclararam pardos à Justiça eleitoral: Adail Filho (Republicanos-AM), Sidney Leite (PSD-AM) e Mauro Benevides Filho (PDT-CE). Também participam do grupo: Reginaldo Lopes (PT-MG), que coordenará o grupo; Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o relator, e mais Saullo Vianna (União-AM), Glaustin da Fokus (PSC-GO), Newton Cardoso Junior (MDB-MG), Ivan Valente (Psol-SP), Jonas Donizette (PSB-SP), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) e Vitor Lippi (PSDB-SP). Todos brancos, conforme autodeclaração entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).