Sucesso de público, sucesso de receita para o trade, bombando no caixa do pequenos e médios comerciantes, camelôs e catadores de latas com sorriso de orelha a orelha, mas blocos cada vez mais dependentes do poder público.
O que está errado no Folia de Rua? Obviamente, a condução dos personagens principais e motivo de ser, os blocos.
Se a nossa tradição não é vender abadá e monetizar tudo, algo precisa ser feito para virar essa chave e transformar cada bloco numa empresa bem sucedida e com funções sociais e culturais, mas com foco no lucro, na sustentabilidade.
Do contrário, mais trinta anos se passarão e os blocos continuarão com a mesma cantilena a cada 12 meses e de pires nas mãos.
As escolas de samba do Rio e São Paulo monetizam tudo e seus barracões viraram verdadeiras universidades, e ao mesmo tempo fábricas com linha de produção, produtos e agenda concorrida de eventos e ensaios.
Os bloco de Salvador sempre foram muito profissionais e só precisam do poder público para a logística coletiva do evento.
Chegou a hora de o Folia de Rua subir de patamar.
Dércio Alcântara