O presidente em exercício do Senado Federal, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), garantiu que os atos de vandalismo cometidos no último domingo (8) não irão parar o trabalho do Congresso Nacional. Segundo o parlamentar, a depender da limpeza e das condições técnicas, o plenário pode voltar a receber sessões já nesta terça-feira (09).
“Não impedirá sessões e, já nesta terça-feira concluiremos a liberação do espaço e retomamos ao plenário com o simbolismo da retomada dos trabalhos como forma de mostrar que esse atos não impedirão o funcionamento da Casa”, declarou.
Veneziano informou ainda que o plenário do Senado será usado de forma semipresencial para a análise do decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.
“Vamos apreciar o PDL apresentado pelo executivo no tocante a intervenção na segurança. Concluiremos a liberação do espaço e iremos fazer a sessão no plenário, com o simbolismo de que esse ato não impedirá o funcionamento. Iremos fazer a sessão semipresencial nesta terça-feira”, destacou.
O senador classificou como arruaceiros e terroristas os invasores das sedes dos Três Poderes, frisando que os danos provocados são incalculáveis e vão muito além dos prejuízos materiais. “Tem um significado e alcança a outros prejuízos que são os imateriais. É o prejuízo de se atentar contra a normalidade institucional, contra o bom funcionamento dos poderes, o de garantir que de fato esteja sendo exercida a plena democracia”, pontuou.
Veneziano ressalta que os atos antidemocráticos estavam sendo articulados há ao menos 60 dias, desde o resultado das eleições em segundo turno, e que só aconteceram porque houve quem bancasse, apoiasse ou até mesmo fosse omisso em relação aos invasores. Por esta razão, o emedebista pediu a responsabilização dessas pessoas e uma ação unificada dos senadores em prol da defesa da democracia e das instituições.
“A Comissão Parlamentar de Inquérito já colheu assinaturas, mas a partir do dia 1º de fevereiro é que deveremos ter a sua instalação. Pela Constituição, cabe ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, convocar extraordinariamente o Congresso Nacional para analisar o decreto presidencial de intervenção federal”, concluiu.