Estamos diante de uma tentativa de genocídio. O governo Bolsonaro, obviamente movido pela mesquinhez do revanchismo político, cortou agora em novembro a verba que pagava os carros-pipas que levam água para quase dois milhões de nordestinos que vivem em oito estados da região afetados pelo fenômeno climático.
Não pode ser outra coisa, além de irresponsabilidade e crueldade do ainda presidente Jair Messias Bolsonaro.
Esses recursos que são geridos pelo Exército Brasileiro garantem água potável para milhares de famílias que agora estão entregues a sorte de um milagre acontecer e a chuva cair com regularidade até o novo presidente assumir.
Mas sabemos que nem a fome nem a sede esperam e que água é vida e fundamental não só para o consumo humano, mas também para manter vivos os animais e as pequenas lavouras que servem para a manutenção desses desvalidos.
É um crime, é uma tentativa de genocídio, pois sabemos que as prefeitura e o estado, mesmo com um esquema emergencial, não conseguirão chegar a todos os recantos e que crianças e idosos podem não resistir a falta de água, pois a sede é ainda pior do que a fome.
Já imaginaram se espelhados nos protestos daqueles que conspiram contra a democracia, os caminhões pipas e as populações afetadas pela mesquinharia de um presidente derrotado com os votos dos nordestinos forem para as calçadas dos quartéis do Exército pedir água para beber?
Lembrando que essa operação carro-pipa do Governo Federal leva água para essas milhares de família que moram no semiárido nordestino há mais de 20 anos e que, segundo informou o próprio Exército, novembro já está no finalzinho e ainda aguardam providências para a retomada da operação no período de maior estiagem.
Dércio Alcântara