A Prefeitura Municipal de Santa Rita, por meio da Secretaria de Saúde, está com a campanha de combate a Sífilis Congênita. A campanha vem para alertar sobre a importância da prevenção e do tratamento precoce. O público-alvo inclui gestantes e seus parceiros, homens e mulheres entre 20 e 35 anos. Em 2020, 38,8% das notificações de sífilis adquirida ocorreram em indivíduos entre 20 e 29 anos, e 56,4% das gestantes também tinham essa idade. Além disso, 56,4% das crianças que nasceram com sífilis congênita vieram de mães com idade entre 20 e 29 anos.
Na tentativa de barrar a disseminação da doença, a Secretaria de Saúde vai realizar uma série de atividades para conscientização a população a se prevenir das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s).
Os pacientes diagnosticados com a doença são encaminhados imediatamente para o serviço especializado em saúde para realizar o tratamento, também gratuito, inclusive durante o pré-natal (em caso de grávidas).
Para o Secretário de Saúde, Rafael Monteiro, a atenção primária tem grande papel quando se trata de sífilis. “É na ponta que identificamos casos e encaminhamos para o tratamento especializado. Por isso, é importante que grávidas e seus parceiros testem para a doença trimestralmente. O diagnóstico precoce da Sífilis é benéfico para a mãe, para o pai e, principalmente, para o bebê.” Declarou Rafael.
Recomenda-se que a gestante seja testada pelo menos em três momentos:
Primeiro trimestre de gestação.
Terceiro trimestre de gestação.
Momento do parto ou em casos de aborto.
Sinais e sintomas: A maior parte dos bebês com sífilis congênita não apresentam sintomas ao nascimento. No entanto, as manifestações clínicas podem surgir nos primeiros três meses, durante ou após os dois anos de vida da criança. São complicações da doença: abortamento espontâneo, parto prematuro, malformação do feto, surdez, cegueira, alterações ósseas, deficiência mental e/ou morte ao nascer.
Prevenção: A prevenção da sífilis congênita é realizada por meio de pré-natal adequado e com qualidade. É fundamental que o teste para sífilis seja ofertado para todas as gestantes, pelo menos no 1ª e 3ª trimestre de gestação ou em situações de exposições de risco. As gestantes com diagnóstico de sífilis devem ser tratadas e acompanhadas adequadamente, assim como, suas parcerias sexuais, para evitar reinfecção após o tratamento.
Tratamento: A penicilina é a droga de escolha para todas as apresentações da sífilis. Não há relatos consistentes na literatura de casos de resistência treponêmica à droga. A análise clínica do caso indicará o melhor esquema terapêutico. Nos recém-nascidos de mães com sífilis não tratada ou inadequadamente tratada, independentemente do resultado do VDRL do recém-nascido, realizar hemograma, radiografia de ossos longos, punção lombar e outros exames, quando clinicamente indicados. De acordo com a avaliação clínica e de exames complementares.
Cuidados com a criança exposta à sífilis: Todas as crianças expostas à sífilis de mães que não foram tratadas, ou que receberam tratamento não adequado, são submetidas a diversas intervenções, que incluem: coleta de amostras de sangue, avaliação neurológica (incluindo punção lombar), raio-X de ossos longos, avaliação oftalmológica e audiológica. Muitas vezes há necessidade de internação hospitalar prolongada.
As crianças expostas à sífilis de mães que foram adequadamente tratadas durante a gestação também devem ser cuidadosamente avaliadas, para descartar a possibilidade de sífilis congênita.
A investigação de sífilis congênita deve acontecer na hora do parto, mas também no acompanhamento dessas crianças nas consultas, com realização de testes.