Notícia ruim é como gases. Ou sai pela boca ou pelas partes baixas e a compressão é tanta que também pode sair pelos ouvidos, qualquer outro orifício e até poros.
A crise de identidade que a campanha de Pedro vive não é de hoje e se ele foi para o segundo turno deve a articulação de bastidores feita pelo pai, Cássio Cunha Lima, que tem entoado seu canto da sereia do litoral ao sertão, prometendo tudo a todos.
O marketing de Pedro é confuso, como confuso é o seu posicionamento ideológico. Aliás, tudo tem a cara de paisagem de Pedro.
O guia é uma colagem meio Tik Tok, meio Instagram e nas pesquisas qualitativas nada fica. Quem é Pedro? É a coisa mais difícil de se explicar hoje, a pergunta de um milhão de dólares da campanha, pois ele tem uma tatuagem de Frida Calho, a amante de Leon Trotsky, mas assume posturas mais a direita que as do pai, um cara considerado progressista e de centro esquerda.
Por isso, talvez, que os profissionais que estão à frente do marketing de Pedro acordam todos os dias para se equilibrar no fio da navalha. Cássio não aceita que tenham rifado Zé Maria e a Mix para entregar a campanha a amadores, confirmam fontes.
Zé e a Mix são referência em qualquer parte do Brasil e um cara que contribuiu e muito para todos os êxitos dos Cunha Lima em quase três décadas.
Mas Pedro, obtuso e pretensioso, escondeu o pai no armário e rifou Zé Maria para andar com uma meninada “porra louca” dos videogames e Tik Toks da vida, como se a roda ainda não tivesse sido inventada e, pela arrogância… rodou quando não ficou com Bolsonaro e subiu no muro em conflito ideológico.
Em tempo: depois da campanha vai rolar um divã para análises.
Dércio Alcântara