Quatro anos depois de surgir como uma das maiores surpresas nas eleições, o Partido Novo amargou no último domingo (2) queda expressiva em suas bancadas na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas.
A legenda também não atingiu a cláusula de barreira, dispositivo que estabelece percentual mínimo de votos e de deputados eleitos para manter o acesso à propaganda partidária e ao fundo eleitoral.
A bancada do Novo na Câmara encolheu dos atuais 8 deputados para 3 a partir do ano que vem. Adriana Ventura (Novo-SP), Gilson Marques (Novo-SP) e Marcel van Hatten (Novo-RS) foram os representantes da legenda que tiveram êxito –os três foram reeleitos.
Cinco parlamentares da sigla venceram disputas estaduais e distritais. Dr. Maurício (MG), Felipe Camozzato (RS), Leo Siqueira (SP), Matheus Cadorin (SC) e Zé Laviola (MG) ocuparão assentos nas Assembleias em 2023. O número, contudo, é menos de metade dos 12 deputados eleitos há quatro anos.
Resultados
O Novo não atingiu a meta estabelecida na cláusula de barreira e terá limitações nas próximas eleições. Além de acesso restrito ao fundo partidário e ao tempo na TV, a sigla poderá ficar de fora dos debates eleitorais.
Pela regra aplicada neste ano, cada partido precisava eleger 11 deputados federais em pelo menos nove estados ou obter 2% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados. Os partidos que não atingem as metas podem formar uma federação partidária, unindo-se a outras legendas durante as eleições e a legislatura.
A vitória de maior expressão do Novo este ano foi a reeleição de Romeu Zema, em Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país. Próximo do próximo do presidente Jair Bolsonaro (PL), Zema liquidou a fatura ainda no primeiro turno.