Soube logo cedo que o governador João Azevêdo comia pão na chapa com ovos mexidos na Granja e que compartilhava a mesa com Hugo Motta.
Sempre que sobre a mesa de políticos tem ovos mexidos faço a leitura rápida de que a bandeja quebrada tá sendo reaproveitada.
Sabe aquela coisa de “olha essa briga de galinha pra não quebrar os ovos”? Em política, o filme “a volta dos que não foram” tá eternamente em cartaz. Muda só o elenco.
Muita coisa foi publicada na imprensa sobre os quitutes oferecidos ao Republicanos para aceitar que a terceira geração dos Ribeiros ocupasse a cadeira de vice, mesmo sendo um veneno a médio prazo que ninguém tava querendo beber.
O comando da Assembleia foi um deles, maior participação em secretarias foi outro. No entanto, vão negar mas é exclusivo, o cuscuz recheado oferecido no final com leite de côco foi o seguinte: reeleito, João ficará no mandato até o final, como fez Ricardo com Lígia, pois prometeu a família que concluindo o segundo mandato nada mais vai querer com política e, finalmente, se muda de mala e cuia para Portugal para viver a vida.
Vão espernear, hoje ninguém dorme na casa grande de Lagoa Seca, mas uma coisa é Lucas ser o vice; outra é receber a chave do cofre por dez meses para incorporar o bisavô Aguinaldo Veloso Borges e restabelecer a lei da chibata e chamar todo mundo de caboclo, pois Ribeiro que é Ribeiro acha que tem sangue azul e pisa no chão a força.
É isso. Sem tirar nem por. João não será candidato a senador e comandará a Paraíba até o último dia do seu mandato, caso se reeleja.
Em tempo: Bruno Cunha Lima soltando fogos por se livrar da catinga de mijo do Ribeirinho.
Dércio Alcântara