Se o MDB não lançar candidatura própria para a presidência da República no pleito eleitoral deste ano, o partido pode apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro (PL). A possibilidade é resultado de um levantamento interno feito pela direção nacional da legenda com base nos delegados eleitos pelos diretórios estaduais, nas bancadas e nos prefeitos do partido.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (03) em reportagem do Estado de S. Paulo. Os dados revelam que sem candidatura própria, 70% dos convencionais apoiariam Bolsonaro, com Lula (PT) conquistando apenas 30% do grupo. Os cálculos foram feitos com base no quadro de delegados e na leitura do cenário político em cada região.
O Nordeste impõe mais resistência a aliança com o atual presidente, sendo a região que mais concentra votos no petista, com 107 votos, ou 25% do total da convenção. O Sudeste também tem 107 votos; o Sul, 94; o Norte, 75; e o Centro-Oeste, 44 votos. Os delegados são eleitos a partir de uma fórmula complexa que leva em conta o número de votos no partido no Estado na eleição mais recente e de parlamentares com mandato.
“A minha avaliação é a de que, sem a Simone, daria Bolsonaro na convenção. Das cinco regiões, só uma é mais favorável a Lula. A maioria do MDB tem restrições ao atual presidente, mas é antipetista”, disse o deputado Alceu Moreira (RS), que integra a executiva nacional do partido e preside a Fundação Ulysses Guimarães.
Já a articulação em torno do nome de Simone Tebet para a corrida presidencial tem o apoio formal de 19 dos 27 diretórios da sigla. Aliados de Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, revelam que a senadora teria 318 votos, ou 75% da convenção se ela ocorresse hoje.
Com informações de Estadão