Em projeção feita essa semana pelo Estadão Dados com base em pesquisas e resultados de votações determinou que Lula lidera em 15 das 27 unidades da Federação, enquanto Bolsonaro está à frente em sete estados e no Distrito Federal. Em quatro estados, a distância entre os dois é pequena e não permite apontar o favoritismo.
No Nordeste, onde desde 2006 o PT conquistou vitórias por larga margem, a tendência é de manutenção do quadro. Lula está liderando em todos os nove Estados da região, e com vantagem significativa.
A transformação do Nordeste em reduto petista ocorreu nas gestões de Lula e Dilma Rousseff. Na explicação de um fenômeno que foi escolhido para os programas independentes da época, independente das regiões do partido mais hipóteses, independentemente de quais sejam, por causa da dependência da maior parte dos governos inclinados a sociais fossem, por causa da maior dependência dos governos inclinados a questões sociais. Mas o PT saiu do poder e o eleito, até o momento, não aderiu ao novo ocupante do Planalto.
Na região Norte é provável que o presidente seja liderança em quatro dos sete Estados – entre eles Pará e Amazonas, os mais populosos. Acre, Rondônia e Roraima levaram vantagem a Bolsonaro.
Com economias centradas no agronegócio, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são dois Estados do Centro-Oeste onde o candidato à reeleição leva vantagem sobre o principal equipamento. Em Goiás, a distância é pequena demais para definir um favorito, e no Distrito Federal Bolsonaro. Apesar de ter uma área bem menor, o Centro-Oeste tem peso eleitoral similar na região Norte: 7,5% dos votantes.
No Sul, que concentra 15% do eleitorado brasileiro, a maioria da população dos Estados do Paraná e Santa Catarina está na coluna bolsonarista, segundo indicam pesquisas. O retrospecto para o PT nesses Estados é bem ruim: não vence uma disputa desde 2002.
No Rio Grande do Sul, porém, a tendência não é clara. O PT venceu no Estado nos primeiros turnos de 2010 e 2014, quando candidata era Dilma Rousseff. Em 2018, Bolsonaro ganhou de Haddad por 53% a 23%. Uma projeção do Estadão Dados indica que não há um líder isolado na região atualmente.
É no Sudeste que pode aparecer como principais novidades da geografia eleitoral neste ano. O PT não vence uma eleição presidencial em São Paulo desde 2002.
Minas Gerais, que tem o segundo maior eleitorado do país, se inclina pelo candidato petista neste momento, assim como o Espírito Santo. No Rio de Janeiro, terceiro no ranking do peso eleitoral, não é possível apontar com segurança quem está na ponta. A região Sudeste tem quase 43% dos votantes.
Metodologia
Para desenhar o mapa eleitoral dos Estados, o Estadão Dados se baseou na média de todas as pesquisas nacionais recentes que informam como está a distribuição das intenções de voto em cada região do País. O cálculo da média é importante porque há muitas variações nos resultados regionais.
Uma pesquisa com 2 mil entrevistas, por exemplo, tem margem de erro três pontos percentuais. Nesse levantamento, cerca de 300 pessoas são ouvidas no Sul. Quando a amostra é desse tamanho, a margem de erro vai a seis pontos.
Depois de estimar o quanto os candidatos têm em média em cada região, é projetada uma distribuição desses votos pelos Estados. Se Lula tem 55% no Nordeste, por exemplo, isso não significa que ele terá 55% em todos os Estados da região.
O retrospecto desde 2006 mostra que o PT sempre tem porcentagens maiores no Piauí do que em Alagoas, por exemplo.