O Tenente-Coronel da Polícia Militar da Paraíba, Souza Neto, foi entrevistado nessa terça-feira (22) pelo programa 360 graus. Na ocasião, ele falou sobre seus 28 anos de atuação, lembrando que seu pai o incentivou para entrar na carreira militar. Aprovado na prova do NPOR (Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva), Souza Neto se encontrou nas forças de segurança, saindo do curto período de serviço no Exército e se consolidando como um Oficial da Polícia Militar da Paraíba.
Motorista de ônibus, o pai de Souza Neto sugeriu que seu filho ingressasse na carreira militar após, na rodoviária, um homem ter entrado no transporte intermunicipal rumo a prova do NPOR. Acatando a sugestão, desistiu da faculdade de administração para entrar no Exército, em seguida tendo adentrado para a Polícia Militar.
“Eu gostei da carreira militar, vi que era uma coisa que me afeiçoava muito. Quando terminei o curso de formação de oficiais do NPOR, recebi a notícia que só poderia ficar quatro anos e oito meses, depois ia embora do Exército. Aí veio aquela angústia. Vi que alguns amigos do próprio NPOR também estavam prestando concurso para Oficial da Polícia Militar. Fiz o primeiro ano, não consegui passar e serve até de exemplo para aqueles que ‘poxa, tentei e não consegui’, tenta de novo. É perseverança. E no segundo ano quando fiz o CFO, foi quando a grata notícia, ainda em Guarabira, que tinha feito a prova e recebido a aprovação e começamos a trilhar”, iniciou.
Sua trajetória na Polícia Militar só cresceu, acumulando êxitos para a segurança pública do Estado. Fundador da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas), o Tenente-Coronel não parou de estudar, buscando especialização no Texas, nos Estados Unidos. Em 2018, durante 22 dias, participou de um treinamento diretamente com a SWAT, sendo um dos únicos militares da Paraíba a terem acesso a essa formação, uma experiência que ficará marcada por toda a sua vida.
“Fizemos toda a parte de emboscada veicular, resgate de reféns, tiro de precisão, tiro de defesa, fizemos a parte de explosivos. Foi um curso muito conceituado e onde tive vasta experiência. O local onde nós ficamos foi no estado do Texas e a cada instrução que terminávamos, nós íamos para aquela unidade da SWAT, terminava o curso, repousávamos no hotel, no outro dia pegávamos cinco carros, a gente praticava aquilo que aprendemos durante todo nosso curso. Foi de uma valia sem precedência”, explicou.
Atualmente, o Tenente-Coronel foi retirado nas ruas, trabalhando no Tribunal de Contas do Estado. O militar revela que sente falta do dia a dia das operações policiais nas ruas da Paraíba, se colocando à disposição para deixa a assessoria militar e voltar a gerir uma das unidades.
“Se for para estar em cima de uma caminhonete, entrando numa comunidade, indo atrás de bandido é o que eu gosto, o que sei fazer. Muitos podem dizer ‘cara, tu já é Tenente-Coronel, para onde você vai?’ se eu não fizer, fica me faltando alguma coisa durante o dia, como me falta até hoje. Não é uma coisa que fui eu que pedi para sair da rua e vim para uma atividade administrativa, foi uma escolha do comandante geral, o Coronel Euller, mas já deixei a ele várias vezes a disposição de retornar ao nosso trabalho”, acrescentou.
Assista à entrevista completa com Tenente-Coronel Souza Neto: