A desembargadora Maria de Fátima Moraes Bezerra Cavalcanti Maranhão, nova vice-presidente e Corregedora Regional do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB), reivindicou a maior presença feminina na política paraibana. A magistrada pede que elas “sejam mais competitivas, busquem o espaço e sejam guerreiras”.
A declaração da desembargadora foi dada em entrevista ao portal ClickPB. Fátima Maranhão ainda falou sobre seu sentimento ao assumir o cargo no TRE-PB, posto ao qual foi indicada por diversas vezes mas recusou por questões éticas. A desembargadora era casada com o ex-senador José Maranhão.
“O sentimento é dúbio. Primeiro uma honra muito grande ser indicada pelo meu Tribunal de Justiça à unanimidade para compor o Tribunal Regional Eleitoral. É uma honra. E o segundo motivo, aliado a essa honra e a o que estou a sentir e a tristeza no meu coração, de não estar o meu marido ao meu lado. Evidentemente se ele estivesse aqui conosco, nesse plano terreno, ele seria candidato porque a saúde era plena e a cabeça era boa e sempre com o desejo de seguir à Paraíba. A tristeza de não ter a presença dele, mesmo que eu não ocupasse cargo, não sei se é maior ou igual a alegria que estou a sentir”, ponderou.
Na oportunidade, Fátima Maranhão, como preferiu ser chamada, clamou por uma maior participação das mulheres na política do Estado. “Eu vou deixar uma mensagem para a mulher eleitora, a eleitora paraibana, para a mulher no sentido que desperte mais para participar ativamente na política porque onde existe um olhar feminino, a participação feminina, há mais ternura. E me perdoem os homens, nós somos aquelas criaturas que fazemos várias coisas ao mesmo tempo”, declarou.
A Corregedora do TRE-PB ainda destacou a capacidade da mulher fazer várias coisas ao mesmo tempo, com o olhar sensível, frisando que os debates políticos da Paraíba precisam de mais presença feminina.
“A mulher tem esse caráter múltiplo e esse olhar sensível para estar presente na política. Mulher do nosso estado, entre nessa disputa para valer. É preciso que as paraibanas sejam mais competitivas, busquem o espaço, sejam guerreiras, sejam vencedoras. E quanto a todos os paraibanos, vamos trabalhar para plantar uma paz porque precisamos de paz”, acrescentou a vice-presidente do TRE-PB.