O resultado do laudo cadavérico de Mariana Thomaz aponta que houve atividade sexual agressiva antes da morte da estudante de medicina. Conforme o delegado do caso, Joames Eugenio, foram atestadas lesões causadas por uma atividade sexual intensa, com traços de violência. Contudo, a possibilidade de estupro ainda é investigada pela polícia, em busca de indícios se houve ou não consentimento por parte da vítima.
O delegado argumenta que é preciso um conjunto de averiguações, como coleta de depoimentos de equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que atendeu Mariana, como também dos primeiros policiais que chegaram ao local. Além disso, familiares e amigos da estudante serão ouvidos para que se possa traçar um perfil comportamental do suspeito preso em flagrante, Johannes Dudeck. Ele foi preso e já encaminhado para um presídio especial de João Pessoa.
O laudo cadavérico já contradiz um dos pontos ditos por Johannes em seu depoimento, no qual afirmou que não manteve relação sexual com penetração junto à vítima.
O laudo criminal deve ser apresentado ainda nesta semana, onde serão citados mais detalhes a respeito do crime, assim como análises feitas a partir do documento já divulgado. Ainda foram coletados pela perícia fluidos corporais presentes nas partes íntimas de Mariana para que qualquer tipo de material genético possa ser identificado. Além de materiais presentes nas unhas da jovem, que poderia indicar algum tipo de luta corporal.
Diante da repercussão do caso, o resultado dessa coleta que normalmente demora meses para sair, pode ser divulgado com rapidez. Se o material genético encontrado for do suspeito e as investigações indicarem estupro, o agravante será adicionado na análise do caso.
Entenda o caso
O corpo de Mariana Thomaz foi encontrado com sinais de estrangulamento em um apartamento, na orla do Cabo Branco, em João Pessoa, no último sábado (12). Segundo informações da Polícia Civil, o suspeito de ter cometido o crime estava em um relacionamento há um mês com a vítima.
A vítima, de 25 anos, era natural do Ceará e estava na Paraíba para cursar a graduação de medicina. O corpo dela foi encontrado após a polícia receber uma ligação do suspeito informando que Mariana estava tendo convulsões.
Chegando no local, o perito observou sinais de esganadura. Por causa disso, o suspeito foi preso preventivamente. Após exames, a perícia confirmou a esganadura.
A polícia ainda informou que o suspeito já tem outras acusações pela Lei Maria da Penha por agredir mulheres diferentes.
g1 Paraíba