A aliança existente entre o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD) e a secretária executiva da Articulação Política, Eva Gouveia (PSD), ruiu. A gota d’água foi a exoneração do tesoureiro do PSD, João Paulo Spencer Freire, considerado braço direito da vereadora licenciada, da gestão campinense. Indignada com o desligamento de seu aliado, Eva classificou o prefeito como “tirano” e “coronel”.
A secretária reagiu e anunciou seu rompimento com Bruno, afirmando que o gestor teria escolhido se distanciar do próprio partido ao tirar um membro da legenda de seu governo. Eva ainda insinua que Cunha Lima deve deixar a sigla.
“Bruno exonerou o tesoureiro do partido, o administrador da legenda. Ele rompeu com o próprio partido e se ele rompe com o PSD, naturalmente rompe comigo. A vida é feita de escolhas e ele fez a dele. Estou rompida politicamente com Bruno, mas observem, porque ele rompeu com o PSD e então comigo. O que tenho para dizer a ele é que a porta da rua é a serventia da casa. A tirania e o coronelismo dele envergonha o PSD”, disparou.
Contudo, nesta segunda-feira (31), Bruno respondeu às declarações de Gouveia, apontando que os aliados da ex-secretária deveriam ter pedido para sair da gestão. Para ele, Eva serve “a dois senhores” pois escolheu integrar o governo de João Azevêdo.
“Eu prefiro não descer ao nível dela para responder a esse tipo de colocação, até porque se ela decidiu fazer parte do governo, embora eu discorde totalmente, ela e os aliados dela, que fazem parte da gestão, é que deveriam ter tomado a iniciativa de pedir pra sair e não precisar exonerar, ou será que se imaginava que poderia acender uma vela para Deus e outra para o Diabo?”, rebateu Bruno.