Deixei a poeira baixar para vir aqui expor o que penso e fazer a minha leitura dos fatos recentes.
Ontem, quando anunciou o apoio a Pedro, Romero confirmou a operação Cavalo de Tróia, a mais antiga, criativa e bem sucedida estratégia de guerra.
Voltemos ao lançamento da candidatura do próprio Romero no ano passado que entenderemos esse desfecho.
Romero nunca foi nem candidato a governador pela oposição e nem a vice de João. Resistia a tudo por consciência de que precisava de foro e não podia arriscar ficar sem ser tragado pela Famintos.
A partir daí o grupo Cunha Lima, leia-se Cássio, montou uma estratégia invocando o campinismo para estimular a candidatura de Veneziano ao mesmo tempo que botou dentro do Palácio e da Granja Santana o veneno da aproximação com Romero, o Cavalo de Tróia pra criar a ciumeira e potencializar o rompimento entre João e Veneziano.
Ontem o Cavalo de Tróia saiu de dentro da Granja e do Palácio, mas deixou alguns soldados fazendo aquele papel que um dia Rômulo Gouveia fez pra Cássio.
Temos dois players jogando, Cássio e Ricardo, ambos cadáveres políticos ressuscitados ou pela maçã oferecida por Cássio a João via Eva, ou pelo narguilé oferecido por Ricardo a Veneziano através de Lula.
Tá todo mundo perdido, avalia uma alta figura do governo. Digo que João estava com a eleição ganha até morder a maçã e Veneziano prestes a selar o melhor acordo da história pra ele e para o MDB até fumar com Lula o narguilé de Ricardo.
Só digo uma coisa: tem coisas acontecendo que não chegam às manchetes e o que tá pra acontecer tem muita força, pois ainda estão rolando os dados.
Em tempo: Eva já se acha a vice, mas se não derem baterá saudades da cozinha de Dona Glória, pois esse povo já comeu muito sal juntos.
Dercio Alcântara.