O Coronel Euller, comandante-geral da Polícia Militar da Paraíba, revelou ao programa 360 Graus desta segunda-feira (24) que a corporação, em parceria com a Polícia Civil, já trabalha para identificar os autores da ação criminosa que resultou em um ônibus incendiado no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, na noite de domingo (23).
“Acabamos de sair de uma reunião com o secretário de Segurança Pública e toda a cúpula de segurança e a Polícia Civil, que é o órgão de investigação competente, está se debruçando na investigação. A Polícia Militar está contribuindo com esse processo investigatório para podermos analisar imagens, analisar os fatos, ouvir pessoas e estabelecermos a possibilidade de identificação dos responsáveis e corresponsáveis por essa ação criminosa que denota, claramente, uma ação terrorista, e precisa da atenção do Estado”, iniciou o Coronel.
O comandante-geral da PM afirmou que todo o aparato policial de segurança pública está mobilizado para conter ações, classificadas por Euller como “marginais”. O Coronel explicou que não pode dar detalhes das investigações, contudo, expôs que homens em veículos e motos foram os responsáveis por atear fogo no ônibus que fazia o transporte coletivo na Capital, fugindo em seguida. As câmeras de segurança instaladas na região serão analisadas para a identificação dos suspeitos.
A respeito dos áudios de policiais militares que circulam pelas redes sociais, que estariam incitando a desordem da tropa, o Coronel Euller assegurou que foi aberto um inquérito policial militar, no qual alguns agentes já estão sendo intimados a depor sobre suas posturas em perfis da internet. “Outros conselhos estão prestes a serem abertos, Conselho de Disciplina, Conselho de Justificação e Procedimento Administrativo Disciplinar para que nós possamos manter a disciplina firme como militares que somos”, declarou.
Coronel Euller ainda comentou que não quer acreditar que haja uma greve branca da Polícia Militar da Paraíba e irá reforçar as medidas disciplinares contra aqueles insistam em incitar o caos dentro da corporação. Para ele, o cenário precisa ser analisado com bastante cautela para que interesses pessoais, focados nas eleições de 2022, não se sobressaiam aos interesses da PM. Caso seja necessário, o comandante-geral deverá aplicar sanções punitivas contra os revoltosos.
“Não creio que policiais militares que prestaram juramento perante à bandeira e tenham consciência profissional do bem cumprir as suas missões irão tomar medidas de omissão, de fugir da sua missão em detrimento de influência externa, de pessoas que trabalham pelo caos, que não querem construir pontes efetivas para a resolução de seus problemas, de melhorias para os policiais, e sim muralhas, e sim estabelecer palanques para si próprio e outros que deverão ser nas eleições deste ano candidatos a algum cargo eleitoral”, acrescentou.
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