O programa recebeu, nesta quarta-feira (12), José Cassimiro Júnior, o Secretário da Tecnologia e Informação do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB). Na entrevista, ele falou sobre a preparação do órgão para as eleições de 2022, explicou o funcionamento da urna eletrônica e a necessidade desse sistema de votação no Brasil.
No ano passado, o debate sobre a segurança das urnas eletrônicas no país ganhou destaque no cenário político, com o presidente da República questionando a confiabilidade do sistema de votação e a pauta do voto impresso em discussão na Câmara federal.
Cassimiro explica que a urna eletrônica, da forma como é operada no Brasil, é exclusiva, embora o método eletrônico também seja utilizado em outros países. O sistema desperta a curiosidade de estrangeiros pela alta segurança. Eles, inclusive, vêm ao Brasil para saber como é o funcionamento das eleições. O secretário revela que já recebeu, por exemplo, representantes do Paraguai para acompanhar o andamento do pleito eleitoral.
“As pessoas dizem que não existem urnas eletrônicas em outra lugar que não seja o Brasil. Nesse padrão nosso, só no Brasil mesmo. Quem vai querer, no resto do mundo, uma urna eletrônica que tem biometria, que tem criptografia, que tem assinatura digital, para que isso? Quando a gente fala para os colegas de outro país sobre isso, eles perguntam: ‘mas para que criptografia na urna eletrônica?’ eu digo que é porque a eleição é no Brasil, tem que ser um pouco diferente. Então, a especificidade da nossa urna é só no Brasil”, esclareceu.
O secretário do TRE-PB atesta a segurança e transparência da votação eletrônica, afirmando que não há como votar antes abertura da eleição, que no Brasil inicia às 8h da manhã.
“A urna eletrônica é programa para permitir votação a partir das 8h. Se você ligar uma urna às 7h, ela só vai emitir a zerésima, um relatório mostrando que nenhum candidato ali tem voto. Ela não permite que você vote antes das 8h da manhã e não permite que se encerre a seção antes das 17h. Temos todo um aparato de segurança eletrônica para que se possa garantir que, mesmo sozinha no local de votação, ninguém possa fazer qualquer coisa naquela urna eletrônica”, assegurou.
José Cassimiro ainda pede que a população regularize sua situação eleitoral, para evitar problemas futuros. Até 4 de maio deste ano é possível tirar o título de eleitor ou pedir a transferência de domicílio, por exemplo.
“Quem quiser regularizar a sua situação com a Justiça Eleitoral, tirar um novo título e mudar alguma informação no seu título tem até o dia 4 de maio. Quem não estiver regular, não vai participar da grande festa da democracia”, frisou.
O processo de regularização pode ser feito pela internet, através do preenchimento do formulário disponível no Portal do TSE. Será solicitado o envio de um documento oficial de identificação, além de um comprovante de residência recente e uma fotografia em estilo “selfie” do eleitor segurando o documento oficial.
Se houver débitos de eleições anteriores a 2020, o eleitor deve quitá-los antes de fazer o requerimento. Clique aqui para obter a guia para quitação de multas.
Assista à entrevista completa com José Cassimiro: