No último fim de semana, a cidade de Cabedelo foi palco de diversos festivais de música que atraíram uma grande concentração de pessoas. O principal deles, o Fest Verão Paraíba, foi duramente criticado pelas autoridades de Saúde paraibanas. O secretário executivo da Saúde de João Pessoa, Luís Ferreira de Sousa Filho, usou suas redes sociais para expressar seu descontentamento com o evento.
Em seu desabafo, o médico classificou como “insensatez” a realização do festival, que contraria todas as recomendações sanitárias para o momento da pandemia da Covid-19 e do surto da H3N2 que estamos vivenciando em todo o Estado.
“Vivenciamos a insensatez personificada nas festas e aglomerações do Fest Verão. Pessoas sem máscara, aglomeradas, gripadas. Sinto que não estou conseguindo expressar a irresponsabilidade que essas atitudes representam. As consequências experimentaremos em breve. Deus no ajude”, escreveu o secretário, destacando ainda o alto fluxo de pessoas infectadas pelo vírus que estão procurando atendimento médico.
“As UPAs estão lotadas com síndrome gripal, secretaria municipal de saúde recrutando leitos, testando para Covid-19 em massa e consciente que tempos difíceis virão. Na contramão, o verão e o esquecimento de muitos”, acrescentou.
Na teoria, uma autoridade seria capaz de por fim às festas privadas para conter o caos na saúde: o prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo. Mas, o gestor é o primeiro a incentivar as aglomerações e sem nenhuma vergonha do que está a fazer, publica selfies sorridentes e vídeos chamando os cidadãos para o olho do furacão viral, como este abaixo:
A atitude Vitor Hugo pode ser enquadrada como um crime sanitário. No dia 6 de janeiro, o prefeito enviou declaração à Rádio 98FM onde afirmou que não pôde cumprir agenda com o presidenciável Sergio Moro por estar gripado. Já dois dias depois, no dia 8, o gestor cabedelense apareceu sem máscara curtindo o Fest Verão. Em seu Instagram, publicou fotos com artistas e trechos dos shows, confirmando sua irresponsável conduta.
Sua conivência com a realização dos festivais, que têm alto potencial de agravar o caos na rede de saúde paraibana por aglutinar pessoas sem distanciamento que ignoram o uso de proteção facial, acelerando a propagação do coronavírus e das síndromes gripais, configura um ato criminoso acentuado pela gripe do prefeito “Vírus Hugo”. Este crime contra a saúde pública precisa ser investigado e os patrocinadores do vírus devem ser punidos.
Confira imagens abaixo:
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