Enfim, a segunda-feira e não teremos mais que comer o RO (resto de ontem) da ceia natalina, chega de peru com cara de chester e chester com cara de tender e haja hormônio para engordar o caixa da indústria da proteína aviária.
Vamos todos gritar bem alto um fora passas passageiras do arroz de festa e olhar com profundo desprezo àquela verdura na maionese e dizer ao pão gelado que ele entrou numa fria e que se quiser ofereça sua rabada para outro, pois hoje é segunda e o RO da ceia natalina não tem longevidade para virar um ROO, resto de anteontem, aliás de antes de anteontem.
Só nos resta agora tomar um lactopurga ou cházinho de cidreira, boldo e capim santo para conseguir chegar na próxima sexta e enfrentar a ceia de ano novo e todos os ROs derivantes, levando de um ano para o outro os gases de 2021.
Pensando bem, no próximo ano vou pedir ao Papai Noel uma ceia na conta certa para que não haja estorno, uma coisa meio que entre farta e fartura.
Em tempo: quem aí não ama uma um RO das ceias de fim de ano que se manifeste agora ou cale-se para sempre.
Dércio Alcântara