João Azevêdo tem bons nomes postos para a sua vice, dentre estes Adriano Galdino, Merssinho, Hugo Mota e Ana Cláudia, mas nenhum causa efeito finalizador quanto o nome de Veneziano.
A chapa João/Veneziano finalizaria o pleito já agora na articulação e a reeleição de João passaria a ser protocolar, uma coisa pra cumprir calendário do TRE.
Aí alguém vai me chamar de doido com o argumento de que um senador não pode descer o batente para disputar uma vice.
Quem disse que ser vice de João é descer um batente?
Muito pelo contrário, é subir pela escada rolante para o topo das candidaturas a governador em 2026.
E Veneziano assumiria o governo em abril daquele ano para disputar o governo pilotando a máquina, pois João sairá do governo para disputar uma das duas vagas de senador, encerrando a carreira oito anos depois com 81 anos.
Convenhamos: para quem sempre foi um excelente técnico auxiliar, fechar um ciclo da vida como governador em dois mandatos e senador é muito mais do que o mais otimista dos Azevedo sonhou. João é um vencedor e o destino conspira a seu favor.
Um outro fator corrobora com essa ideia de Veneziano ser o vice de João. Ser ministro de Lula. Corre nos bastidores do Senado que a bancada de 16 senadores do MDB na Casa Alta não teria problemas em indicar Veneziano para um ministério do partido.
Veneziano hoje é um advogado de Lula dentro da cúpula do MDB e, amigo do presidente Baleia Rossi, defende que o MDB feche com o PT já no primeiro turno.
Como vice de João que assumirá o governo noves meses em 2026 e ministro de Lula já a partir de janeiro de 2023, convenhamos que o que não vai faltar é tinta na caneta de Veneziano para se eleger governador na sucessão de João de 2026.
Mas, claro, essa é a minha opinião e tudo ainda não passa de conjectura e depende de Vené e João sentarem para flertar com o futuro, pois política se faz conversando e olhando pra frente.
Dércio Alcântara.