O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, excluiu do relatório final da comissão o pedido de indiciamento do presidente Jair Bolsonaro pelo crime de genocídio de indígenas na gestão da pandemia de coronavírus. A decisão foi tomada após reunião com os demais membros do colegiado na noite de terça-feira (19), oportunidade na qual chegaram a um consenso sobre o texto a ser apresentado no encerramento dos trabalhos.
“A questão pacificada é a questão do genocídio. Foi retirado, eu acho que é uma boa atitude, o senador Renan Calheiros ouviu argumentações de todos”, disse o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), a jornalistas após a reunião.
“O mais importante para mim dessa reunião foi que a gente saiu unificado”, acrescentou.
O relatório da CPI, com mais de 1.100 páginas, deverá ser lido em sessão do colegiado nesta quarta-feira (20). A votação do documento, no entanto, deve ocorrer somente na semana que vem.
O relatório deve apontar Bolsonaro como o “principal responsável pelos erros de governo cometidos durante a pandemia da Covid-19”, citando, entre outros pontos, a insistência dele na adoção e propagação do uso de tratamento com medicamentos sem eficácia comprovada em detrimento da vacinação e a resistência inicial do governo em comprar vacinas.
IstoÉ