A vereadora de João Pessoa, Eliza Virgínia (PP), se incomodou e criticou nesta segunda-feira (4) o uso da linguagem neutra que será adotada na novela Cara e Coragem da TV Globo, prevista para estrear em maio do ano que vem.
Com tantas pautas mais urgentes para se importar, a parlamentar se pronunciou sobre a decisão da emissora de defender pautas progressistas em suas produções e afirmou que vê a situação como “mais uma forma de manipulação de massas” e chamou a iniciativa de “imbecilidade”, inferiorizando a cultura utilizada predominantemente pela comunidade LGBTQIA+.
“É uma imbecilidade, estão querendo idiotizar o povo brasileiro. A linguagem neutra começou a adentrar nos guetos e dentre as pessoas do ativismo homossexual. Agora, está entrando nas escolas. Eu tenho vídeos e textos de professores de universidades que já estão se dirigindo a seus alunos com linguagem neutra”, disse.
Não sendo feliz em suas pautas, Eliza afirmou que anda em tramitação um projeto de lei de sua autoria que proíbe o uso de linguagem neutra por funcionários públicos em escolas e repartições públicas sob pena de multa no valor de R$ 5 mil. “Espero que esse projeto seja aprovado ainda esse ano para que a gente não tenha essa aberração aqui nas nossas escolas”, disse.
A novela
O uso de linguagem neutra foi confirmado pela roteirista Cláudia Souto, em entrevista à Folha. Segundo a autora da nova novela – este tipo de linguagem, utilizada em nome de uma suposta inclusão através da fala -, será usada apenas por “personagens que representam a fatia da sociedade que já se comunica assim, naturalmente”.
As novelas são crônicas de sua época. Ao abordar temas referentes à comunidade LGBTQIA+, é natural que o gênero neutro seja incorporado pelos personagens”, justificou.
Redação com informações do ClickPB.