Filho do Brejo paraibano, o deputado estadual Chió usa seu mandato na Assembleia Legislativa da Paraíba para buscar mais benefícios e melhorar a vida dos cidadãos da região que, atualmente, enfrenta uma grave crise hídrica. Preocupado com a situação, o parlamentar, que esteve nesta quinta-feira (30) no programa 360 graus, cobrou celeridade nas ações de enfrentamento ao problema da falta d’água, pedindo também a mobilização da bancada federal da Paraíba em Brasília para apresentar soluções com urgência.
O deputado revela que antes da situação se agravar visitou com certa frequência, desde 2019, a Secretaria de Infraestrutura, dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente alertando a respeito da iminente escassez de água que poderia atingir os municípios paraibanos. Ele acredita que, por ser uma área onde a água foi abundante, o poder público não se preocupou em criar alternativas de abastecimento hídrico, embora barragens e adutoras tenham sido construídas.
“O nome Brejo, na sua essência, quer dizer local onde tem muita água. Ao longo do tempo, acho que a gente não se preocupou tanto em criar mananciais para o Brejo para ter água para a população. E a população do Brejo passa de 1 milhão de pessoas. São 35 municípios e boa parte dos municípios do acoste do Curimataú são abastecidos também pela região do Brejo”, iniciou.
Além disso, há reservatórios no Estado que não estão cheios, impossibilitando a distribuição da água. E como explicar a falta d’água nas cidades paraibanas? Para Chió, a escassez das chuvas, o aumento da temperatura do planeta e o crescimento da população dos municípios podem justificar o momento crítico.
“Eu coloco numa só linha: Esperança, na sequencia Remígio, depois Arara, Casserengue, Solânea, Bananeiras, Serraria, Borborema, Dona Inês, Belém, Pirpiritura… Todas essas cidades que nominei agora estão em colapso d’água. Não tem água nas torneiras. E são cidades importantes”, observou o deputado.
Seu papel no parlamento é cobrar soluções para, ao menos, amenizar a crise hídrica nas casas dos cidadãos do Brejo. Mesmo sendo da base governista, ele reconhece que faltou agilidade da gestão para prever alternativas que resolvessem o problema. Entretanto, Chió diz que essa missão não cabe somente a figura do governador João Azevêdo, mas também a bancada federal paraibana em Brasília, através da destinação de emendas parlamentares pelos deputados federais e senadores para sanar a crise.
“Eu vejo somente uma solução, a gente tem que trabalhar forte e com a bancada unida. A bancada federal, principalmente, porque quem tem poder de dinheiro. A bancada federal é quem tem R$ 250 milhões de emendas, que são os recursos. Então está na hora de pegar esses recursos e socorrer o Brejo. Está na hora da política paraibana trabalhar unida em prol do Brejo”, salientou.
E Chió menciona uma solução eficaz que pode abastecer as torneiras do Brejo paraibano definitivamente, trazendo água da cidade de Campina Grande, oriundas da transposição do rio São Francisco, até os municípios colapsados.
“É estender a água da transposição do São Francisco que chega até Campina Grande e fazer uma adutora, urgente, para chegar até, no mínimo, Solânea. Chegando em Remígio, já temos a adutora saindo até Arara. Mas essa água precisa chegar, pelo menos, a Solânea e Bananeiras porque daí é possível irradiar para os outros locais”, comentou o parlamentar, avaliando ainda que a obra poderia custar em torno de R$ 50 milhões.
O projeto da adutora citado por Chió já foi apresentado pelo Governo da Paraíba, que pretende iniciar sua construção, entretanto, a população do Brejo tem pressa e os recursos precisam chegar com máxima celeridade para abolir o colapso hídrico nos municípios, por isso, o deputado cobra dos parlamentares federais o encaminhamento urgente de recursos para salvar a região.
Assista à entrevista com o deputado estadual Chió completa: