O secretário de Segurança Urbana e Cidadania de João Pessoa, João Almeida, firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com os Ministérios Públicos Federal e Estadual após denúncias de que teria furado a fila da vacinação contra a Covid-19. Ficou acordado que o ex-candidato a prefeito da capital deverá doar R$ 8,1 mil em equipamentos de informática ao Complexo Hospitalar Clementino Fraga.
Até o dia 30 de agosto Almeida deverá encaminhar os aparelhos à unidade, que podem ser três computadores completos (desktop,8 GB RAM, SSD 240 GB, processador 15 8 GB), com preço unitário de R$ 2,7 mil, totalizando R$ 8,1 mil. Também pode ser feito um depósito ou transferência bancária desse valor em favor do hospital.
Conforme denúncia do Ministério Público, o secretário teve “acesso às vacinas destinadas ao grupo prioritário das Forças de Segurança e Salvamento sem, no entanto, comprovar o preenchimento dos requisitos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, como o contato direto e constante com o público em ações de vigilância das medidas de distanciamento social”.
Em maio, a informação de que João Almeida teria se vacinado contra o coronavírus sem pertencer aos grupos prioritários veio a público. Além dele, outros servidores da Guarda Municipal também teriam sido imunizados. Então, o prefeito Cícero Lucena determinou a abertura de uma sindicância, guiada pela Procuradoria Geral do Município, para investigar o caso.
O secretário de segurança afirma que, mesmo tendo firmado o TAC, isso não é uma punição. “Não houve punição nem tão pouco reconheço nenhuma irregularidade. Está bem claro inclusive por escrito e assinado também pelo MP”, frisou.