O deputado federal Leonardo Gadelha (PSC) foi cauteloso ao expor seu posicionamento sobre o ‘superpedido’ de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro apresentado esta semana à Câmara. Questionado se era contra ou a favor da petição, o parlamentar foi enfático ao afirmar que primeiro precisaria analisar todos os elementos do requerimento antes de se manifestar. Para ele, o parlamentar deve ser parcimonioso, pois estará na posição de juiz, analisando não só quesitos políticos mas também jurídicos.
“Acho que é um pouco irresponsável da parte de qualquer parlamentar, respeito todo e qualquer posicionamento, cada um tem uma visão acerca do seu papel institucional, do seu papel constitucional, mas como para mim o processo, ainda que seja de julgamento político, se assemelha, em todas as características, a um julgamento, e portanto o parlamentar passa a fazer o papel de um juiz, de um julgador, o ideal é que ele seja parcimonioso e espere a apresentação de todos os elementos antes de definir como votaria”, declarou, em entrevista nesta sexta-feira (02) ao programa 360 graus.
Gadelha acredita que há sim equívocos cometidos pelo atual governo e que os fatos são incontestáveis. Entretanto, ele argumenta pela necessidade de encontrar os componentes técnicos cruciais para justificar a retirada do presidente do poder. O deputado reitera o dever de esmiuçar os elementos jurídicos do processo, não focando somente nas inclinações políticas.
“Não estou tapando o sol com a peneira. Os processos de impeachment têm muito de político, costumam ser processos políticos, mas eles não podem ser dissociados dos elementos jurídicos. A gente precisa se debruçar sobre os elementos jurídicos para saber se efetivamente aqueles elementos ensejam a necessidade de a gente apear do poder o presidente”, conclui Leonardo Gadelha.
Assista à entrevista completa com Leonardo Gadelha: