O ex-presidente da Odebrecht Ambiental, prestando depoimento no âmbito da Operação Lava Jato, revelou que Ricardo Coutinho, em 2011, manifestou interesse em privatizar a Cagepa, autorizando formalmente estudos de viabilidade técnica e econômica a serem feitos pela empresa. Entretanto, ele declinou, por não querer enfrentar as pressões ideológicas e sindicais que a privatização traria.
Já Cássio Cunha Lima, quando concorria ao cargo de governador da Paraíba em 2014, prometeu a privatização da Cagepa com um arranjo diferente. A Odebrecht faria a doação para a sua campanha, via caixa 2, do valor de R$ 800 mil (oitocentos mil reais) para que o plano de privatizar fosse continuado. Assim, seria firmada a parceria público-privada que extinguiria a companhia.
Pedro Cunha Lima, filho de Cássio, defendeu recentemente o plano de privatização, alegando ser necessário abrir uma “concorrência”. Ele não fala em privatizar a Cagepa mas, em outras palavras, é o que propõe, ao afirmar que a companhia precisaria apresentar alternativas melhores do que a sua concorrência para não ser deixada de lado.
Entenda melhor o caso lendo o texto abaixo:
A verdade sobre a privatização da CAGEPA. Plano de Ricardo e Cássio foi exposto por delator da Odebrecht na Lava Jato
Quando o delator Fernando Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental prestou seu depoimento para conseguir o benefício da delação premiada, no âmbito da Operação Lava Jato, a verdade sobre a privatização da CAGEPA foi exposta aos paraibanos.
Como político acredita que brasileiro tem “memória curta”, vamos refrescar os fatos para restabelecer a verdade.
O delator Fernando Reis, narra ao procurador da república que colheu seu depoimento, que havia apresentando ao Governo da Paraíba em 2011, quando Ricardo era Governador com faixa no peito e tudo, uma proposta de manifestação de interesse para desenvolver uma PPP (parceria público-privada) para o setor de água e saneamento. Segundo o delator, Ricardo Coutinho autorizou formalmente os estudos de viabilidade técnica e econômica do que seria a privatização da CAGEPA.
Os estudos foram iniciados e posteriormente o mago recuou por não querer enfrentar as pressões ideológicas e sindicais e o plano parou. Mas a ideia estava ali, esperando o melhor arranjo político para sair do papel. Foi cogitada, estudada pela Odebrecht e autorizada por Ricardo Coutinho. O mesmo que na live de hoje mais cedo apareceu como ferrenho defensor da CAGEPA e “salvador” da companhia.
Refresquem bem a memória, 2022 está chegando!
Já em 2014 foi a vez de Cássio Cunha Lima tentar sua sorte, concorrendo ao Governo do Estado, o então Senador da República prometeu a privatização da CAGEPA.
Confira o vídeo completo: