Uma linha perigosa foi cruzada ontem pelo alto comando das forcas armadas.
Não punir o ex-ministro Eduardo Pazuello por sua transgressão ao subir no palanque político de Bolsonaro, não significa apenas rasgar a Constituição e o Estatuto das tropas.
Abre uma porteira incontrolável, que pode redundar numa resistência armada ao resultado das eleições do próximo ano.
Além de cercear já a partir de agora – e de forma violenta – a liberdade nas ruas do país.
Os sinais já estão sendo emitidos:
Semana passada um professor foi preso em Goiás por ostentar um cartaz Bolsonaro genocida.
No mesmo final de semana, uma vereadora foi atacada com gás de pimenta no Recife. Ainda na capital pernambucana, dois manifestantes foram atingidos com balas de borracha, perdendo a visão.
Nada mais impedirá o empoderamento indevido das tropas.
Nada impedirá tampouco o apoio explícito dos fardados ao projeto político do presidente.
Bolsonaro sabia o que estava falando quando usou tantos pronomes possessivos ao se referir ao Exército, Marinha e Aeronáutica.
Com a batida de pino dos generais, o Exército Brasileiro pode mesmo se transformar no Exército de Bolsonaro.
Quem não abre mão da democracia, só tem agora um caminho:
Reagir!
Assista: