À espera de uma terceira onda, que já colapsa hospitais na Paraíba, o país deu sinal verde para a Conmebol realizar a edição 2021 da Copa América.
O torneiro atrairá atletas da Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Peru, Equador e Venezuela, que vão circular por vários estados brasileiros, incluindo os nordestinos.
O evento tem potencial, segundo infectologistas, para transformar o Brasil em verdadeira bomba relógio – com risco, inclusive, de aparição de novas cepas.
Partidos políticos preparam ofensiva judicial para barrar o evento, que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro.
Governadores nordestinos também já sinalizaram que não concordam com a realização da Copa América.
E eles não são os únicos a enxergarem o risco de um evento internacional de futebol em meio a Pandemia.
Antes do Brasil dizer sim à Conmebol, vários países latinos fecharam as portas, preocupados com o aumento das taxas de transmissão do vírus.
O negacionismo brasileiro, porém, disse amém.
O evento põe em risco não apenas a vida da população. Mas também ameaça a saúde econômica, que registrou ligeira recuperação do Produto Interno Bruno no primeiro trimestre – aumento de 1,2 por cento, segundo medições do IBGE.
Uma conquista que o agravamento da Pandemia pode colocar em xeque.
No acumulado dos últimos doze meses, o PIB segue negativo, com recuo de 3,8 por cento.
E, aliado a inflação mais desemprego, promove a volta da fome ao país, que já tem mais de 30 por cento da população com dificuldade para fazer as três refeições diárias.
A lógica do governo ao dizer sim para a Copa América é antiga, e infelizmente funcional:
Onde não se come o pão, sempre é possível anestesiar a fome com o circo!
Confira: