O diretor-clínico da Unimed João Pessoa, José Calixto, criticou a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande por negar atendimento à população em meio a uma grave pandemia, alegando “reserva técnica” de leitos. Durante entrevista ao portal MaisPB, o médico afirma que os leitos vazios devem ser disponibilizados para atender pacientes com estado de saúde agravado.
“Estamos numa pandemia. Guerra é guerra. Onde tem um leito, tem que ser ocupado. A vida está em jogo. Diante de uma calamidade, rasga-se tudo, acaba reserva técnica. É guerra”, destacou ao blog.
Para José Calixto, deixar esses leitos vazios mesmo com um alto número de pessoas infectadas precisando de tratamento trata-se de “omissão de socorro”.
“Se o hospital tem uma vaga e o paciente chegou precisando de vaga e ele tem um leito e vai dizer que é uma reserva técnica para uma provável paciente que possa complicar, infelizmente ele teria que ocupar”, justificou.
Na última quinta-feira (20), cinco pacientes da segunda macrorregião, que compreende a cidade de Campina Grande, foram transferidos para João Pessoa após não encontrarem leitos nos hospitais do município. Entretanto, a Secretaria Municipal de Saúde informou que há leitos disponíveis nas unidades hospitalares, que possivelmente são para “reserva técnica”.